Homem ou mulher?

Quem é mais fraco? Quem adoece mais? Quem produz mais? Quem produz com melhor qualidade?

Para fazer essa discussão abordaremos três aspectos.

O trabalho

Quando o trabalho é bom, realizado com máquinas e equipamentos adequados, em ambientes saudáveis e confortáveis, com organização que privilegie o bem estar do trabalhador, ritmo adequado, pausas para descanso, metas e jornadas compatíveis, as pessoas, independentemente do sexo, da idade ou da condição física irão produzir sem sofrer danos à saúde.

Em contrapartida, o trabalho ruim em más condições adoece os trabalhadores, sejam eles jovens ou velhos, homens ou mulheres, fortes ou fracos.

Os trabalhadores

Os trabalhadores pouco influem no processo do adoecimento, embora homens e mulheres tenham algumas características diferentes.

Homens e mulheres, gostam de trabalhos mais dinâmicos, com pouca interferência, autonomia, pouca pressão de chefia, reconhecimento e liberdade, embora estas sejam coisas raras na maioria das fábricas.

As mulheres, por questões sócio-culturais, tendem a submeter-se aos trabalhos com maior exigência de atenção, cuidado, capricho, delicadeza e  perfeição.

Aceitam ultrapassar limites, pressão, metas superdimensionadas, autoritarismo e interferência da chefia, muitas vezes por um salário menor.

Isso tudo leva ao adoecimento e à incapacidade.

A conjuntura

Com pleno emprego os trabalhadores se sentem encorajados a recusar trabalhos ruins e até mudam de emprego. Quando há desemprego é natural que se submetam e suportem situações mais difíceis para não perder o posto de trabalho.

Sob falso pretexto social as empresas passam a empregar mais mulheres, com preferencia para as muito jovens, sem experiência e até as que sejam sozinhas e com filhos.

Essa atitude covarde tem mais a ver com a exploração de uma situação conjuntural do que com a valorização, a qualidade e a competência das mulheres no trabalho.

Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente