Homenagem: Chico Mendes é herói da pátria
O sindicalista Chico Mendes foi inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, no Panteão da Pátria e da Liberdade, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O líder seringueiro e ambientalista assassinado em 1988 tornou-se o oitavo integrante da lista, que conta também com Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes; Marechal Deodoro da Fonseca; Zumbi dos Palmares; Dom Pedro 1º; Plácido de Castro, que conquistou o Estado do Acre da Bolívia; Luís Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias; e Joaquim Marques Lisboa, Marquês de Tamandaré (patrono da Marinha).
O livro foi criado em 1989 para homenagear as pessoas que dedicaram sua vida ao País. A iniciativa de inscrever o nome de Chico Mendes nele foi tomada em 1999 pela então senadora Marina Silva (PT-AC), hoje ministra do Meio Ambiente e confirmada pelo presidente Lula. Marina foi uma grande colaboradora do seringueiro nos anos 1980. Juntos construíram a CUT no Acre e enfrentaram madeireiros, fazendeiros e latifundiários
Na justificativa de seu projeto ela defende que a memória do sindicalista não pode ser apagada e lembra que no exterior, principalmente na Europa, vários locais e instituições receberam o nome de Chico Mendes. “Sua presença no panteão significa o preenchimento de um espaço vazio na história sobre o trabalho e a resistência dos povos da floresta”, afirma Marina Silva.
Chico Mendes promoveu durante as décadas de 1970 e 1980 intensas campanhas pela organização sindical dos seringueiros e proteção ao meio ambiente.
Chico Mendes passou a receber prêmios internacionais, mas as ameaças de morte contra ele, feitas por aqueles que tiveram seus interesses contrariados, aumentaram. Até que no dia 22 de dezembro de 1988, Chico Mendes foi brutalmente assassinado em sua própria casa, em Xapuri, no Acre. Tinha 44 anos. O crime só foi conhecido no Brasil depois de noticiado pela imprensa internacional. Assim como essa homenagem.