Homens debatem no Sindicato ativismo pelo fim da violência contra mulher
Atividade reuniu companheiros e companheiras na Sede para marcar dia nacional de mobilização
A atividade organizada pela Comissão das Mulheres Metalúrgicas do ABC para marcar o dia nacional de mobilização dos homens pelo fim da violência contra as mulheres, realizada no último dia 06, na Sede, reuniu companheiros e companheiras em torno do tema.
A secretária de formação da CNM-CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT), Maria do Amparo Ramos, frisou a necessidade de incluir os homens na conversa. “Nós mulheres já sabemos as violências que sofremos, agora os homens precisam refletir e formar uma consciência crítica para orientar as próximas gerações a tratarem mulheres com respeito, como seres de direitos e oportunidades”.
O secretário-geral do Sindicato, Claudionor Vieira, destacou a necessidade de mudança de postura para alcançar o mundo almejado. “O mundo que queremos não é esse, é um mundo em que as pessoas possam se respeitar, conviver harmonicamente, que as pessoas entendam que, enquanto não tratarmos os outros de forma humana, em especial, as nossas companheiras, não teremos o mundo que queremos. Este sindicato nasceu para lutar contra todo e qualquer tipo de violência e de preconceito”.
Mais humanos
O CSE na Volks, Tiago de Sá Nunes, começou sua fala lembrando que seu lugar é de aliado. “É importante registrar que não falo pelas mulheres, isso seria mais uma forma de violência, falo enquanto um aliado das mulheres na luta contra o machismo, sempre considerando que elas são as protagonistas da luta. Esta atividade é produto da luta e da organização das mulheres, mas é fundamental que os homens sejam inseridos no debate, já que o problema é de toda a sociedade”.
“Lutar contra o machismo não nos faz menos homens, ao contrário, nos faz mais humanos. O machismo tira nossa humanidade e lutar contra ele, assim como lutar contra o racismo, a lgbtfobia, contra todo tipo de opressão, nos torna mais humanos”, completou.
Debate nas fábricas e em casa
A Secretária de Mulheres da FETAM-CUT (Federação dos Trabalhadores na Administração e no Serviço Público Municipal do Estado de São Paulo – CUT), Junéia Batista, pediu que os companheiros levem a conversa para o chão de fábrica e orientem suas filhas em casa. “Os homens precisam ajudar a disseminar esse debate nas fábricas, lembrar que as mulheres não gostam de ser tocadas sem autorização, é importante destacar como isso nos incomoda, sobretudo no mundo do trabalho. Também precisamos orientar as meninas para que elas não se deixem ser tocadas sem autorização e avisem os pais caso isso aconteça”.