Honda promete lançar carros híbridos mais eficientes do mundo contra BYD
Em resposta ao avanço chinês e à baixa demanda por elétricos, marca japonesa planeja colocar no mercado 13 novos carros híbridos até 2030
Em entrevista concedida à revista britânica Autocar, o CEO da Honda, Toshihiro Mibe, confirmou uma nova estratégia global para o segmento de veículos híbridos. De acordo com o executivo, a empresa japonesa vai apostar no que chama de “sistema híbrido mais eficiente do mundo”. Durante a conversa, Toshiriro afirmou que modelos do tipo serão priorizados dentro dos novos investimentos da empresa e ganharão mais espaço dentro do portfólio como forma de compensar a queda na demanda por carros elétricos.
Além disso, serão uma resposta direta da marca ao avanço das rivais chinesas BYD e GWM. Detalhes sobre o funcionamento do conjunto não foram revelados, mas desde já se sabe que será do tipo tradicional — ou seja, sem necessidade de recarga externa, como em modelos plug-in. O sistema virá associado aos motores 1.5 ou 2.0 a gasolina. No primeiro caso, a marca diz que ampliou em 40% a faixa das rotações em que a unidade é mais eficiente.
A versão com motor 2.0, por sua vez, será destinada a modelos maiores. Nos dois casos, a marca diz que haverá total compatibilidade de peças e uso ampliado de componentes comuns para redução dos custos de fabricação. A chegada dos dois sistemas híbridos coincidirá com o lançamento de uma nova plataforma, cuja promessa é de avanços importantes em conforto e segurança. Para carros de médio porte, por exemplo, a base será 90 kg mais leve e a estrutura de carroceria será simplificada em relação à arquitetura atual.
A meta da Honda é reduzir o consumo de combustível em mais de 10% na comparação com a safra de híbridos hoje à venda. Até 2030, a Honda planeja vender 1,3 milhão de híbridos por ano. O cronograma prevê o lançamento de 13 novos modelos do tipo até o final da década. Já para 2040, o objetivo é oferecer apenas veículos elétricos com bateria ou célula de combustível. Por fim, em 2050, a meta é alcançar neutralidade de carbono em todas as operações.
Do AutoEsporte