Hora de construir propostas ao neoliberalismo

A 9ª edição do Fórum Social Mundial começa hoje em Belém,no Pará, com o desafio de apresentar alternativas concretas para o enfrentamento da crise.

Os desafios de 2009 do Fórum Social Mundial

Começa hoje, em Belém (PA), a nona edição do Fórum Social Mundial (FSM), que até 1º de fevereiro vai reunir mais de 100 mil pessoas em 2.600 atividades entre seminários, conferências, assembléias, atos culturais e marchas.
Cândido Grzybowski, um dos organizadores, acredita que a crise econômica despertará mais atenção às propostas do fórum, a partir de um debate mais concreto sobre o caráter da crise e o modelo de desenvolvimento a ser adotado.
“O Fórum deve definir uma agenda mais clara sobre alternativas de desenvolvimento, com maior convergência nos debates”, comentou.

Alternativas
Para o sociólogo Emir Sader, o FSM tem como desafio sua atualização frente à luta real contra o neoliberalismo e ao novo cenário político na América Latina.
De acordo com ele, se antes o papel dos movimentos sociais era o de anunciar a possibilidade de um novo mundo, agora existem alternativas concretas a serem construídas.
“O Fórum tem de apresentar propostas para a crise do neoliberalismo, para a paz no mundo e para a construção de modelos alternativos, senão ficará para trás”, analisou.
A escolha de Belém prevê maior debate sobre a questão ambiental e climática, já que a Amazônia é a maior reserva de florestas tropicais, água doce e biodiversidade do planeta.
Também será oportunidade de ouvir os povos da Amazônia como os indígenas, extratores e moradores ribeirinhos.