Horas extras fazem mal à saúde

Uma extensa parte dos trabalhadores brasileiros faz horas extras. Pesquisa do Dieese mostrou que os patrões lucram com isso, e os trabalhadores concordam e aproveitam para melhorar sua renda mensal. Apesar disso, a longo prazo, todos saem perdendo.

Aumento do trabalho – Com a reestruturação produtiva dos últimos 20 anos, o adensamento do trabalho tornou-o mais rápido, cansativo, desgastante e estressante. Isso porque eliminou tempos livres, criou o trabalhador multifuncional e polivalente, além de causar um acréscimo de demandas mentais importantes.

Surge daí um maior cansaço físico e mental que significa trabalho em quantidade acima dos limites das pessoas, sofrimento psíquico, estresse e, por fim, adoecimento.

Jornada prolongada – Para uma jornada de trabalho oficial de 44 horas, ou de 40 horas semanais, como já conquistamos em muitas empresas, os problemas de fadiga e estresse têm provocado um alto índice de adoecimento. Trabalhar uma sobrejornada, fazendo horas extras, é assumir ainda mais o risco de um futuro com a saúde e a vida comprometidas.

Isso porque, duas horas extras não significam um desgaste de apenas duas horas a mais de trabalho.

Uma bomba relógio – Trabalhar duas horas extras no final da jornada significa um desgaste enorme. É fácil entender o porquê. Imagine um atleta ter de correr mais 8 quilômetros ao final dos 42 de um maratona? É exatamente isso que você faz quando trabalha mais duas horas ao final das suas 8 horas normais. Ou trabalha no seu dia de descanso após uma semana inteira exaustiva.

Além disso, você perde o tempo que teria para fazer outras coisas como descansar, passear, estudar, namorar, ou simplesmente pensar na sua vida. Aliás, você já pensou nisso?

Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente