Ibama segue em greve e liberação de veículos importados continua afetada
Vendas recuaram 6% em março após seis meses seguidos de crescimento na comparação anual
A liberação de licenças ambientais para comercialização de veículos importados continua fortemente afetada no Brasil neste início de abril. Principal responsável pela documentação, o Ibama está com atividades paralisadas desde janeiro e sem previsão de normalização. Como carros trazidos do exterior só podem ser vendidos com aval do órgão, o estoque de modelos parados nos pátios aguardando liberação só aumenta.
O problema já impacta negativamente os números gerais do mercado. Em março, por exemplo, houve recuo de 6% nas vendas na comparação com igual mês de 2023. Ao todo, foram comercializados 187,7 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, contra 199 mil do ano anterior no mesmo período.
A queda acontece após seis meses seguidos de crescimento na comparação anual. Ou seja, o mercado está aquecido, com consumidores dispostos a comprar e média diária de vendas de 9.400 unidades bem superior às 8.600 de março do ano passado. O problema é justamente a demora na liberação dos importados. No fechamento do primeiro trimestre, o mercado registrou crescimento de 9,1% e somou mais de 514.500 unidades entregues. Na prática, foi o melhor resultado para o período desde 2021.
O problema atinge em especial montadoras que não possuem fábrica no Brasil, como GWM e BYD, que trazem carros elétricos e híbridos da China. Além disso, afeta fabricantes instaladas nacionalmente e que ainda assim trazem veículos de fora, como Stellantis, Volkswagen, Nissan e Toyota, que importam principalmente da Argentina.
Do Motor1