IBGE: Produção industrial cai em nove das 14 regiões pesquisadas

 

Rossana Lana / SMABC

A produção industrial caiu em nove dos 14 locais avaliados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM), apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os meses de maio e junho. No total das regiões consideradas, a queda foi de 1,6% em junho.

Descontados os efeitos sazonais, os recuos mais acentuados ocorreram no Rio de Janeiro, com queda de 4,5%, no Amazonas, com recuo de 3,7%, seguidos por Ceará, com produção industrial retrocedendo 2,9%, Espírito Santo, com queda de 2,4%, Pará, com recuo de 1,8% e Rio Grande do Sul, com retrocesso de 1,6%.

As regiões com quedas abaixo da observada no total nacional foram São Paulo, onde houve recuo de 1,5%, Minas Gerais, com queda de 1,3%, e Santa Catarina, com ligeiro retrocesso de 0,1%. Já na direção oposta, houve crescimento da produção industrial na Bahia, com avanço de 5,6%, Pernambuco, com alta de 4,8%, Paraná, com crescimento de 3,1%, Goiás, com alta de 2,3%.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando a produção industrial de todo o país avançou 0,9%, nove dos 14 locais pesquisados apresentaram avanço na produção, com destaque para o crescimento de dois dígitos de Goiás, com alta de 26,1%, que foi, segundo o IBGE, “especialmente influenciado pelos avanços nos setores de produtos químicos e de alimentos e bebidas.” Já as maiores quedas se deram no Ceará, com recuo de 14,6%, Santa Catarina, com retrocesso de 7,3% e Rio de Janeiro, onde houve queda de 3,9%.

No primeiro semestre deste ano a produção industrial avançou 1,7%, com destaque para o crescimento do Espírito Santo, de 12,4%, no período, e para o Ceará, onde a queda acumulada no primeiro semestre soma 10,4%. Com taxas de crescimento acima da média do país figuraram Goiás (3,6%), São Paulo (2,5%), Minas Gerais (2,3%), Rio de Janeiro (2,2%) e Rio Grande do Sul (2,1%). No desempenho positivo destes locais, segundo o IBGE, “observa-se a maior presença de segmentos articulados à produção de bens de capital (para transporte e construção) e de bens de consumo duráveis (automóveis e celulares), além dos avanços nos setores extrativos (minérios de ferro), farmacêutico e de metalurgia básica.”

No acumulado dos últimos 12 meses a produção no país cresceu 3,7%. No segundo trimestre deste ano o avanço foi de 0,7% sobre o trimestre anterior. Segundo o instituto, este é o sétimo crescimento consecutivo entre trimestres, “mas com clara redução no ritmo desde os 18,2% registrados nos três primeiros meses de 2010, ambas as comparações contra igual período do ano anterior.”

Do Valor Econômico