Idéia nasceu há seis anos

A idéia do banco foi do ex-prefeito Celso Daniel em 1998, seguindo o modelo bem-sucedido adotado em Porto Alegre.

Lá, o governo tem participação minoritária e a gestão é pública, não estatal. Isto é, o governo participa mas não manda. Quem manda é a sociedade através de seus representantes no banco.

>> Estrutura profissional

Coincidência ou não, um ano depois o então governador Mário Covas lançou seu Banco do Povo. Nele, a administração é estatal, com o governo de São Paulo entrando com 90% de participação (todo o dinheiro sai dos cofres públicos) e os 10% restantes completados pelo governo municipal, que entra com o pessoal.

Jeroen explica que o problema na organização bolada por Covas é que ela empresta a taxas de juros subsidiados. Ou seja, o governo do Estado bota dinheiro quando falta. Esta ajuda acaba criando uma situação de dependência da cidade. “Já nossa estrutura é profissional, com um corpo técnico permanente e o governo local atua apenas na articulação”, diz.

O preço da independência são os juros: o Banco do Povo – crédito solidário empresta a juros de 3,9% e o Banco do Povo do Estado empresta a 1%.