Ifer: Cinco dias de máquinas paradas

Mobilização dos trabalhadores continua pela readmissão de membros do CSE

A paralisação na Ifer entra hoje em seu
quinto dia como forma de pressão pela
readmissão de Celso e Chicão, os dois membros
do Comitê Sindical demitidos em janeiro. Desde
segunda-feira os trabalhadores vão até a
empresa, participam de assembléia, retornam
para casa e as máquinas não são ligadas.
Ontem teve nova assembléia, da qual
participaram os vereadores petistas Zé Ferreira,
Tião Mateus e Maninho, além de Gilson
Menezes, ex-prefeito de Diadema.
Hélio Honorato, coordenador da Regional
Diadema, disse que o movimento está
organizado e que continua aguardando bom
senso da empresa em negociar o retorno dos
dois representantes.

Como foi o dia de ontem?

Foi o quarto dia de
greve e, mais uma vez, bem
tranquilo, apesar das viaturas
policiais que ficam desnecessariamente
próximas
do acampamento.

O movimento está unido?

Unido e organizado. Os
trabalhadores estão conscientes
que precisam resistir
a essa prática anti-sindical
da empresa, pois o CSE é o
caminho para o encaminhamento
das demandas, como
a alta rotatividade.

A empresa esperava essa organização?

Acho que não. A empresa
acreditava que o movimento
se esvaziaria no
segundo ou terceiro dia e
isso não aconteceu.

É um movimento de resistência?

É mesmo. Temos informações
que a Ifer está
perdendo prazos e já faltam
produtos em grandes empresas
como a Catterpillar e
a Iramec, que é fornecedora
da Volks Taubaté.

Qual a expectativa agora?

O movimento está firme
e vai continuar até a empresa
mostrar o bom senso
de negociar o retorno do
CSE e respeitar a prática sindical
no chão de fabrica.