Impacto da crise é desigual em relação à ocupação e ao desemprego
Segundo Ipea, a distribuição da força de trabalho por faixa etária apresenta comportamentos muito distintos em relação à ocupação e ao desemprego, em comparação entre o trimestre de março/maio de 2009 e o mesmo período de 2008
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta quarta-feira (22), em seu portal, a nota técnica Crise e trabalho nas metrópoles, que analisa a oferta e demanda de trabalhadores e o comportamento da ocupação e do desemprego nas seis principais metrópoles brasileiras (Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Recife).
Segundo o estudo, a distribuição da força de trabalho por faixa etária apresenta comportamentos muito distintos em relação à ocupação e ao desemprego, em comparação entre o trimestre de março/maio de 2009 e o mesmo período de 2008.
A nota revela, por exemplo, que os trabalhadores com mais de 55 anos de idade terminaram sendo os mais atingidos pelo desemprego, embora tenham sido eles os de maior expansão do emprego gerado. Os mais jovens terminaram sendo os menos penalizados, devido, por um lado, ao decréscimo da condição de atividade.
Por outro lado, segundo a nota técnica, a destruição de postos de trabalho informais e não assalariados se mostrou mais intensa para os segmentos de trabalhadores com até 39 anos de idade.
O saldo líquido das vagas geradas foi positivo entre março e maio de 2009 em comparação com o mesmo período de 2008, sobretudo pela forte expansão do emprego assalariado formal, uma vez que as ocupações informais e não assalariadas parecem ter sido as mais penalizadas pela crise internacional.
Do Ipea