Importação rouba emprego no Brasil, diz Sérgio Nobre

Para o presidente do Sindicato, país precisa de uma política industrial que privilegie a produção local

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, denunciou nesta quarta-feira que o número de empregos diretos gerados na indústria automotiva seria maior se não fossem as importações.

“Apenas neste ano as importações devem passar de 600 mil veículos”, calculou. “O volume equivale a uma fábrica grande”, destacou o dirigente.

Cálculos do Dieese mostram que se fosse produzida no País essa frota ia gerar mais de 15 mil empregos diretos nas montadoras e 75 mil indiretos em toda a cadeia produtiva. “Estamos gerando empregos em outros países”, protestou Sérgio Nobre.

Pensar o futuro
Cerca de 65% das importações são feitas pelas próprias montadoras, que trazem veículos de luxo das matrizes – na Ásia, principalmente – e modelos complementares da Argentina e do México.

Para reverter essa situação, o presidente do Sindicato defendeu uma política industrial que privilegie a produção local.

“Para a montadora, tanto faz produzir aqui ou trazer da matriz, mas o País precisa pensar no seu futuro e fazer aqui produtos de alta tecnologia, em vez de trazer caixas de fora com componentes que apenas são montados aqui”, afirmou.

Da Redação