Imposto de Renda e Salário Mínimo: Marcha chega hoje em Brasília

Trabalhadores fazem ato hoje na Esplanada dos Ministérios e entregam pauta amanhã ao governo e ao Congresso. Luta da terceira Marcha a Brasília é pela correção da tabela do Imposto de Renda e elevação do salário mínimo para R$ 420,00.

Pelo menos 10 mil pessoas são esperadas hoje em Brasília na terceira Marcha a Brasília. Entre elas, 405 metalúrgicos do ABC.

O ato pressionará o governo por um reajuste que eleve o mínimo para R$ 420,00 e pela correção a tabela do Imposto de Renda em 7,7%.

“O que queremos é que o governo e o Congresso olhem para as 44 milhões de pessoas que recebem o mínimo”, disse o presidente da CUT, Artur Henrique.

Ato – Às 10h terá início a caminhada rumo à Esplanada dos Ministérios, onde será realizado ato político.

Amanhã, os dirigentes das centrais têm audiências com ministros e com deputados e senadores para entrega oficial da pauta de reivindicações e início das negociações, já que o Orçamento prevê um mínimo de R$ 367,00.

Mínimo é fonte de renda de muitos trabalhadores

Um parcela significativa de trabalhadores brasileiros ganha o salário mímino.  A maior proporção deles está na região Nordeste, segundo o Dieese.

A partir da Pesquisa de Emprego que faz mensalmente em seis regiões, o Dieese mostrou que Recife tem maior número de trabalhadores, 40%. Em seguida, aparece Salvador, com 37%. O menor percentual está em Porto Alegre, com 13%. Distrito Federal e São Paulo aparecem com 17%. Belo Horizonte tem 24,6%.

O Dieese revelou que o mínimo tem maior relevância na renda das mulheres e jovens. Em Recife e em Salvador metade das mulheres recebe até um salário mínimo.

Para o Dieese, apesar de o salário mínimo ter incidência entre trabalhadores de todas as idades, o valor tem maior importância para os mais jovens, pois entre 35% e 40% dos trabalhadores entre 16 e 24 anos recebem um salário mínimo.