Imposto de Renda: Pressão para barrar a defasagem
Embora os índices de inflação estejam diminuindo, a mobilização em torno da correção da tabela do Imposto de Renda deve ser constante. O objetivo é evitar que quem paga o Imposto carregue uma defasagem maior a cada ano e que novos contigentes de trabalhadores passem a pagar ou mudem para a faixa maior.
Foi esse um dos recados do presidente do Sindicato, José Lo-pez Feijóo, na assembléia que rea-lizou com os companheiros da Ala 14 na Volkswagen, explicando os motivos pela retomada da cam-panha de correção na tabela.
Considerando que o congelamento da tabela é uma herança do governo FHC e baseado em números do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal, Feijóo afirmou que se a tabela do imposto de renda tivesse a devida correção, a faixa salarial isenta iria dos atuais R$ 1.058,00 para R$ 1.601,00.
Feijóo deixou claro que os números são dos últimos nove anos, mas que a inflação do primeiro ano fo governo Lula, em 2003, foi de 10,38%. “O prejuízo que carregamos é antigo. Por isso temos de continuar pressionando para evitar que essa diferença vá se acentuando”, enfatizou.
Para Feijóo, a mordida poderia ser ainda maior, caso não tivesse ocorrido uma pequena correção da tabela entre o final do 2002 e 2003. “Essa correção só existiu em função da grande mobilização social sobre o Congresso e o Governo no ano retrasado. Mas não foi suficiente para corrigir todas as distorções, por isso retomamos o movimento”, disse.