Imposto para carros elétricos e híbridos sobe para até 25%
Alíquota para híbridos importados passa a ser de 25%, enquanto elétricos pagarão 18%
Os preços dos carros elétricos e híbridos começarão a subir a partir deste mês, após o aumento do imposto de importação para os veículos eletrificados, que passou a valer a partir do dia 1º de julho. O ajuste na alíquota estava previsto no cronograma divulgado anteriormente pelo governo para o retorno gradual do imposto, que começou em janeiro deste ano e será concluído em julho de 2025. Agora, os híbridos pagarão 25% de imposto de importação, enquanto os PHEVs pagarão 20% e os elétricos terão 18% de taxas.
Com a mudança, os carros com tecnologia híbrida completa (HEV) quanto micro-híbrida (MHEV) pagarão 25% de imposto de importação, ante os 15% cobrados desde janeiro. Para os híbridos plug-in, a alíquota subiu de 12% para 20%. Este imposto já afeta um número maior de modelos, principal vindos da China, como o GWM Haval H6, Caoa Chery Tiggo 8 (que será feito no Brasil em breve) e os BYD Song Plus e King. Também afeta as fabricantes premium como Audi, BMW, Porsche e Volvo.
No caso dos carros elétricos, o novo imposto de importação é de 18%, ante os 10% cobrados até então. E, como não existe nenhum modelo 100% elétrico produzido no Brasil, todos acabam pagando por isso. Pode parecer um tiro no pé a Anfavea pedir isso, porém a maioria das associadas oferecem uma linha pequena de veículos elétricos. Dos 10 carros elétricos mais vendidos entre janeiro e junho deste ano, metade são de marcas chinesas, com apenas Volvo e Renault aparecendo no ranking.
Cientes do aumento do imposto de importação, empresas como BYD e GWM correram para importar o máximo de unidades possível antes do reajuste, criando um estoque suficiente para segurar os preços por mais alguns meses. A BYD, por exemplo, trouxe 5.459 unidades em um único navio no começo de junho. Algumas marcas ainda seguraram os valores praticados mesmo com o imposto de janeiro. No entanto, com o segundo aumento, a tendência é ver um reajuste nos preços de tabela ao longo do 2º semestre, conforme os estoques forem esvaziando.
Do InsideEVs