Imprensa (ainda) quer derrubar Lula

Os meios de comunicação brasileiros não querem informar. Por isso estão dando à crise da agiotagem um destaque maior e com mais alarme que todos os jornais do mundo

Levantamento feito ontem pelo jornalista Paulo Henrique Amorim nos três jornais de maior circulação no País e publicado em seu site mostrou isso. O Globo publicou cinco manchetes acima da dobra – onde o destaque é maior – sobre a crise; a Folha deu quatro e o Estadão, duas.

Lá, não!
O jornalista consultou também os maiores jornais do mundo e constatou que o Wall Street Journal, dos Estados Unidos, onde a crise começou e está muito mais feia, publicou duas manchetes sobre a crise. O inglês Financial Times, o melhor jornal de economia da Europa, publicou três.

Os norte-americanos Washington Post e New York Times, uma. O Clarin, de Buenos Aires, Le Monde, da França e El País, da Espanha que muitos consideram o melhor jornal do mundo, nenhuma. Expresso, de Portugal; Corriere della Sera, da Itália; Independent e Guardian, da Inglaterra, uma cada um. A pesquisa pode ser conferida nos endereços desses jornais na internete.

Querem sangue
Amorim diz com todas as letras porque a imprensa age assim: “Os donos dos jornais, na pessoa física, querem umas facilidades do governo. Por isso todas as crises serão crises de fim de mundo. Foi assim com a crise do caos aéreo, a crise do gás na Bolívia, a crise da febre amarela.

Os meios de comunicação tem outro objetivo ao criar esse clima de terror: montar um palanque para FHC falar bobagem. O ex-presidente já declarou aos jornais que 2009, no Brasil, será um ano pior do que todos os anos do governo dele.

Os trabalhadores sabem que isso não é possível. Para haver um governo pior que o FHC seria necessário demitir oito milhões de trabalhadores, privatizar o patrimônio público, levar o País à falência duas vezes, retirar direitos dos trabalhadores, fazer a economia crescer em níveis medíocres, extinguir programas sociais e sucatear a Previdência.