Imprensa omite ações do governo federal para população negra
O coordenador da Comissão de Igualdade Racial do Sindicato, José Laelson de Oliveira, o Leo Superliga, denunciou que o racismo está tão presente na sociedade brasileira, que atinge até os meios de comunicação.
Prova disso é que diversas ações realizadas nos últimos 12 anos contra a desigualdade racial no País não foram publicadas pela imprensa.
O assunto foi tema da aula na última segunda no curso sobre História da África. “Os negros são mais de 52% da população e boa parte foi beneficiada pelas políticas que nos governos Dilma e Lula tiraram 36 milhões de pessoas da extrema pobreza e abriram 20 milhões de novos postos de trabalho”, prosseguiu.
“Praticamente não foram noticiadas a criação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, o Conselho Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, o Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial e a Agenda Transversal da Igualdade Racial”, protestou Leo.
“Também quase sem anúncio foram fortalecidos os instrumentos de participação social e formulação de políticas afirmativas, decisivas para a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial e a regulamentação do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, o Sinapir”, concluiu Leo.
Recontando a história dos últimos 12 anos
• Transformação em lei da reserva de vagas para estudantes negros e pobres nas instituições públicas federais;
• Criação da lei que inclui o ensino da História, Cultura Afro-brasileira, africana e indígena nas escolas públicas e privadas, contribuindo para construir um sentimento de pertencimento étnico-racial;
• Sanção da lei que reserva 20% das vagas para os negros nos concursos da administração pública federal;
• 49,8% das 1,2 milhão de matrículas do PROUNI são de jovens negros;
• 5.250 estudantes indígenas e quilombolas recebem men¬salmente o benefício do Bolsa Permanência.
Da Redação