Índia quer carros flex, apesar da meta de eletrificação em 2030
O carro flex é primazia do Brasil. Não é um erro afirmar isso em sua plenitude, afinal, veículos que circulam nos EUA e Canadá, por exemplo, usando E85 e isso não é ser “TotalFlex” (como a VW sabiamente batizou a tecnologia). De qualquer forma, outro país quer usar essa tecnologia – talvez a brasileira – para compor parte de sua frota nacional. A Índia deseja ter motores flex para ajudar a combater a poluição no país, um problema grave por lá.
Nitin Gadkari, Ministro da União para Transporte Rodoviário e Rodovias, citou Brasil, EUA e Canadá como países onde circulam carros que usam mais de um combustível em seus tanques. Gadkari disse: “Peço a todos da indústria automobilística que cooperem conosco para trazer motores flex como nos EUA, Brasil e Canadá”. Assim como aqui, a ideia é usar etanol, embora eles também considerem o metanol, gerado pelo milho.
Aliás, a Índia tem uma boa produção desse vegetal e também de cana-de-açúcar. Mas, para ter tais motores, não bastará apenas um novo sensor de composição de combustível e programação de ECU adequada para ser eficiente. Motores flex possuem outras peças que foram modificadas para resistir à corrosão com o uso do álcool. Para a Índia, o lado bom dessa história é que o Brasil tem sua cadeia produtiva apoiado nos carros flex e enviar isso para lá será um ganho para o país.
Visando baixar as emissões, a Índia parece mudar de direção após anunciar que acompanharia a Europa na eletrificação plena em 2030. Alguns setores no país asiático indicam que eles não conseguirão atingir a meta de proibir as vendas de carros a gasolina e diesel no final da década. Se de fato o governo de Nova Déli se der conta do fato, o motor flex surge como salvação da lavoura em tempos tardios do motor a combustão.
Do Notícias Automotivas