Indústria automotiva fecha 2008 com recorde histórico
O ano de 2008 foi o melhor da história da indústria automobílistica, que nunca havia produzido e vendido tanto no Brasil. A afirmação é de presidente da Anfavea (sindicato das montadoras), Jackson Schneider
A indústria automotiva bateu mais um recorde em 2008. Foram 3,21 milhões de unidades produzidas, alta de 8% em relação a 2007. Com o resultado, o País deve passar da sétima para a sexta posição no ranking dos maiores produtores mundiais de veículos, atrás de Japão, China, Estados Unidos, Alemanha e Coréia do Sul, conforme as previsões d e Schneider. A produção e a venda refletiram diretamente no emprego. Em todo o ano foram gerados 7.7 mil novos postos de trabalho.
A indústria bateu também recorde de vendas no ano passado. Foram vendidos 2,82 milhões de veículos, volume 14,5% maior do que o observado em 2007. Só em dezembro, alcançaram alta de 9,4% sobre o mês anterior.
Para o presidente da Anfavea, os números refletem as medidas tomadas pelo governo para estimular o mercado, como a redução do IPI e a liberação de recursos do Banco do Brasil e da Nossa Caixa.
Crise?
Para Schneider, o que a imprensa tenta repercutir como crise, na verdade, é um ajuste de produção que veio como resposta ao elevado nível de estoques, mas ainda não foi suficiente para trazer à normalidade o volume de carros nos pátios. “Tivemos uma diminuição importante, mas ainda estamos em níveis altos”, disse.
O setor encerrou o mês de dezembro com um estoque de 211.625 veículos, suficiente para abastecer o mercado por 36 dias. Em novembro, os estoques representavam 56 dias de vendas. Segundo Schneider, 30 dias pode ser considerado um nível normal.
“Podemos dividir o ano passado em duas partes. A que vai até setembro, com resultados muito positivos, e a que começa em outubro, com redução de crédito, perda de confiança e impacto nas vendas”, afirmou o presidente da Anfavea, Jackson Schneider.
Para 2009, a Anfavea ainda não concluiu as projeções de desempenho. A entidade espera uma melhor definição de como o mercado vai reagir nos próximos meses.
Da Redação, com notas