Indústria deve ter desempenho melhor neste ano do que em 2012
A indústria de transformação deve ter um desempenho melhor neste ano do que em 2012, prevê o gerente executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco. O setor começa 2013 com estoques mais ajustados e a produção esboça, desde o fim do ano passado, uma retomada, ainda que em ritmo lento.
Assim, a atividade nas fábricas deve acompanhar mais de perto o ritmo de crescimento das vendas. “Devemos ter em 2013 uma relação mais estreita entre vendas e produção”, afirmou Castelo Branco.
O ajuste dos estoques foi um dos maiores desafios da indústria no ano passado. Embora o faturamento real do setor, indicador que reflete as vendas, temário menor sem arriscar sua reputação duramente conquistada com a sobriedade fiscal. Mudar a meta seria uma maneira melhor de fazer isso do que recorrer à contabilidade criativa”, diz a revista.
A The Economist demonstra, ainda, preocupação com um possível enfraquecimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
O risco, diz o texto, é que com uma eleição presidencial em 2014 “as autoridades farão o que for preciso para atender sua previsão de crescimento de 4% este ano”.
nha avançado 2,8% no período entre janeiro e novembro de 2012, as horas trabalhadas nas fábricas caíram 1,5% e o nível de utilização da capacidade instalada caiu de 82,4% para 81,4%.
Agora, com a perspectiva de retomada da atividade econômica, a tendência é que o aumento da demanda se reflita na produção, ainda que parte do consumo das famílias seja atendido pelos importados. “A atividade tende a crescer em 2013 mais próxima da demanda”, afirmou Castelo Branco.
Despesas. Mas os custos da indústria devem permanecer pressionados neste ano. Embora os indicadores de produção tenham tido um resultado moderado, a massa salarial e o rendimento médio real apresentaram forte crescimento.
De janeiro a novembro de a massa salarial aumentou 5% e a renda, 5,2%. Isso deve continuar a ocorrer em 2013, já que o desemprego continua em um nível historicamente baixo. Os indicadores da indústria no mês de novembro foram positivos, em especial o faturamento, que aumentou 2,5% na comparação com outubro, enquanto as horas trabalhadas ficaram próximas da estabilidade, com alta de 0,2%. Já o nível de utilização da capacidade de produção das fábricas ficou em 81,4%, mesmo resultado de novembro de 2011 e o melhor desde março do ano passado.
Ainda assim, a GNI insistiu que a recuperação da atividade permanece em um ritmo insuficiente. “Temos um quadro de recuperação, mas ainda moderado a lento. Ainda não se caracterizou uma recuperação de magnitude mais expressiva para a indústria”, afirmou Castelo Branco.
Os dados relativos ao mercado de trabalho foram ainda mais positivos.
O emprego teve o terceiro mês consecutivo de crescimento, com alta de 0,2% em relação a outubro, e o rendimento médio real teve um avanço de 7%, o maior para meses de novembro desde o início da série, em 2006.
A massa salarial teve elevação de 6,8%, resultado melhor que a média histórica para o mês.
Do Estado de S. Paulo