Indústria Nacional consegue atender demanda por veículos elétricos

Embora considerem precipitada a decisão da Prefeitura de São Paulo de proibir o ingresso de ônibus novos com motor diesel em sua frota os fabricantes de chassis elétricos, Mercedes-Benz e BYD, que participaram do primeiro dia do Seminário Brasil Elétrico + ESG, organizado pela AutoData Editora em 29 e 30 de novembro, garantem que têm total condições de atender a demanda de ônibus elétricos, da Capital paulista e das demais prefeituras brasileiras.

Walter Barbosa, diretor de vendas de ônibus da Mercedes-Benz, e Marcello Schneider, diretor institucional da BYD, participaram do painel, que contaria ainda com Ieda Maria Alves de Oliveira, diretora da Eletra, que não pôde participar por causa de um compromisso de última hora. Os dois disseram ser contra a proibição dos ônibus diesel já no momento e prefeririam uma adoção da tecnologia elétrica de forma mais cadenciada.

“Em vez de entrar 3 mil ônibus de uma vez e proibir o diesel poderíamos ter a tecnologia elétrica sendo implementada aos poucos”, disse Barbosa, ao calcular que 1,5 mil ônibus seriam demandados por ano em 2023 e 2024. “Em 2023 entra em vigor o Euro 6, já haveria um ganho de redução de emissões”.

Schneider afirmou que a fábrica de chassis da BYD em Campinas, SP, tem capacidade para fornecer até 2 mil ônibus por ano, ou até 1 mil articulados/ano, ou um mix das duas versões dentro desta equação. “Uma expansão não está descartada”. O executivo da Mercedes-Benz ponderou que os valores de aquisição de chassis elétricos são elevados e isso pode tornar inviável a compra por parte dos operadores. De toda forma ambos os executivos admitem que a eletrificação em transporte público de passageiros é um caminho sem volta.

Da AutoData