Indústria retoma contratações no ABC
A taxa de desemprego em fevereiro no ABCD permaneceu estável em 9,4% contra 9,5% registrados em janeiro, a menor para o mês desde que a pesquisa foi iniciada, em 1998. No total, a Região somou 130 mil desempregados. Os dados divulgados nesta quarta-feira (27/03) no Consórcio Intermunicipal, com base na PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) do Dieese e Fundação Seade indicam que o índice de estabilidade é atribuído à retomada da indústria, que registrou contratações no primeiro bimestre do ano.
O número de empregados em fevereiro no ABCD totalizou 1,237 milhão de pessoas, cerca de sete mil a mais do que janeiro. Porém, neste período, nove mil pessoas buscaram uma vaga de emprego, e duas mil fecharam o mês desempregadas, totalizando 130 mil aguardando uma oportunidade. “Quando mais pessoas se apresentam no mercado de trabalho também é bom, porque indica uma retomada na economia. Foram mais pessoas em busca de trabalho do que a quantidade de vaga ofertada”, explicou o técnico da Fundação Seade, Alexandre Loloian.
O setor que mais contratou foi o de serviços, com 10 mil novos trabalhadores em fevereiro em relação ao mês anterior, totalizando 626 mil pessoas atuantes nessa área. Este setor corresponde a 50,6% do total de ocupados na Região, e muitas vezes as atividades estão atreladas ao setor industrial.
Já a indústria empregou 330 mil pessoas, o que representou em fevereiro 26,7% dos trabalhadores ocupados. Foram cinco mil pessoas a mais nesse período, indicando uma retomada em 2013. “O setor industrial é muito forte na Região, é onde temos os empregos de qualidade, melhores rendimentos e mais estabilidade. A retomada desse setor neste ano, após meses de demissões em 2012, demonstra o reaquecimento no ABCD ”, afirmou Loloian.
O setor de comércio perdeu seis mil postos de trabalho e totalizando 208 mil pessoas, o que representou 16,8% dos trabalhadores da Região. A pesquisa indica ainda mais 73 mil postos distribuídos em outros setores como a construção civil.
Ocupação
O total de assalariados com carteira assinada na Região aumentou em 18 mil trabalhadores. Já o setor informal, sem carteira assinada, fechou nove mil postos. “Este resultado é positivo e pode ser reflexo de contratações com carteira assinada”, explicou Loloian.
Rendimento
Em janeiro de 2013, o rendimento médio dos assalariados foi de R$1.967, cerca de 3,3% a menos do que dezembro de 2012.
Do ABCD Maior