Indústria: Veículos automotores puxam crescimento
O dinamismo da produção de bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos e telefones celulares, entre outros) e de bens de consumo não-duráveis (como alimentos, bebidas, roupas e calçados) proporcionou o crescimento de 2,3% da produção industrial brasileira em dezembro de 2005 em comparação a novembro do mesmo ano.
A taxa, segundo a Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada ontem, foi a maior na comparação mensal desde outubro de 2003. No ano, o crescimento acumulado da produção industrial foi 3,1%.
O aumento atingiu 21 dos 23 setores pesquisados e refletiu principalmente a expansão em 17 atividades, das quais os veículos automotores tiveram um dos maiores impactos sobre o desempenho global.
O economista Fábio Giambiagi, do Ministério do Planejamento, afirma que o resultado favorável de dezembro deve continuar nos próximos meses.
Para ele, há um sentimento generalizado de que a crise política ficou para trás e que os problemas que afetaram a economia no terceiro trimestre foram superados.
Emprego tem crescimento recorde
O emprego na indústria brasileira apresentou crescimento recorde de 4,2% no ano passado. A informação é da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Segundo a entidade, a massa salarial também apresentou forte alta de 8,1% em 2005.
Em outras palavras, a massa salarial subiu 8,1% a mais que os 9% que já havia crescido em 2004, o que representa a continuidade da recuperação dos salários.