Inflação para famílias de baixa renda é a menor desde setembro de 2008, afirma FGV

A maior contribuição para o acréscimo da taxa no mês passado partiu dos grupos Alimentação (0,63% para -0,01%) e Transportes (2,21% para 0,68%)

A inflação para famílias de baixa renda diminuiu para 0,16% em fevereiro, contra 0,72% no mês anterior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pela FGV (Fundação Getulio Vargas). Trata-se do menor resultado desde setembro de 2008, quando o índice – calculado entre famílias com rendimentos entre 1 e 2,5 salários mínimos mensais – registrou queda de 0,57%.

Com este resultado, porém, o IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1) acumula acréscimo de 6,67% nos últimos 12 meses, superando a média para o total da população, que ficou em 6,15% no mesmo período. Já a taxa de fevereiro ficou abaixo da inflação geral para o mesmo mês, de 0,21%.

Segundo a FGV, a maior contribuição para o acréscimo da taxa no mês passado partiu dos grupos Alimentação (0,63% para -0,01%) e Transportes (2,21% para 0,68%). Na primeira classe de despesa, os destaques partiram de itens de peso na cesta de consumo das famílias, tais como: Feijão Carioquinha (2,05% para -5,96%), Frutas (1,60% para -2,28%) e Carnes Bovinas (-1,49% para -2,31%). Na segunda, o destaque foi Ônibus Urbano, cuja taxa recuou de 2,38% para 0,58%.

Também contribuíram para a desaceleração do índice as categorias Educação, Leitura e Recreação (2,99% para 0,48%), Vestuário (0,19% para -0,64%), Habitação (0,27% para 0,07%) e Despesas Diversas (0,20% para 0,16%).

Por outro lado, o único grupo cujos preços aumentaram na passagem de janeiro para fevereiro foi Saúde e Cuidados Pessoais (0,22% para 0,97%), com destaque para Medicamentos em Geral (-0,03% para 0,47%).

Do Diário OnLine