Informalidade cai e formalidade aumenta 5,6% em 2005
O ano passado registrou um dos maiores crescimentos no número de carteiras assinadas dos últimos tempos no Brasil. Cerca de 466 mil trabalhadores saíram da informalidade e conquistaram empregos formais. Pesquisa do Dieese apontou queda no desemprego na Grande São Paulo e o aumento da renda do trabalhador.
O ano passado terminou com um dos maiores crescimentos no número de carteiras assinadas dos últimos tempos no Brasil. De 2004 para o ano passado, 466 mil trabalhadores saíram da informalidade (empregos precários, sem carteira de trabalho assinada), o que representa um crescimento médio de 5,6% de trabalhadores nestas condições.
Segundo a Pesquisa do IBGE, a proporção de trabalhadores registrados entre a parte da população que trabalha atingiu o nível recorde de 40% na média de 2005. Em 2004, esses companheiros representavam 39%.
São Paulo
Um dos fatores que contribuiu para a queda da informalidade foi o aumento na contratação de trabalhadores em São Paulo. Segundo pesquisa divulgada ontem pelo Dieese-Seade, cerca de 298 mil companheiros deixaram a condição de informais na região.
Com a medida, a Grande São Paulo teve a menor taxa de desemprego das seis maiores regiões metropolitanas do País, onde o índice médio de desemprego ficou em 8,3%.
Após seis anos, o primeiro registro
O companheiro Alan Barbosa Rosa foi um dos beneficiados com o crescimento da formalização dos empregos. Trabalhando desde os 13 anos fazendo bicos como pintor e funileiro, Alan, que agora tem 19 anos, comemora o emprego com carteira assinada.
“Terminei o ensino médio e queria arranjar um emprego de verdade, com todos direitos, mas achava que não teria chances pela falta do registro em carteira”, conta.
Batalha
Após três meses sem trabalhar e com os pais e a irmã também procurando emprego, Alan descobriu que uma fábrica de autopeças em São Bernardo tinha vagas.
Enviou currículo e, uma semana depois, foi contratado como auxiliar de produção. Sete meses depois da contratação, o companheiro diz que a oportunidade mudou sua vida e a de sua família. “Dei sorte para minha irmã, que há dois meses conseguiu seu primeiro emprego como secretária em outra metalúrgica”, comemora.