Insegurança tucana: Relatório aponta execução em mortes em São Paulo

O relatório da comissão independente que apurou os homicídios ocorridos em São Paulo a partir de 12 de maio, quando houve os ataques do PCC, concluiu que, nos casos examinados, há indícios de execução.

“Seria razoável admitir que cerca de 60% a 70% dos casos apresentam indícios de execução, em função da ocorrência simultânea de disparos que atingiram as vítimas em regiões de alta letalidade como tórax, abdome e cabeça; grande parte dos tiros foram dados a pouca distância; e número expressivo de disparos de cima para baixo”, diz o texto do relatório.

Elaboração – O documento foi apresentado ontem pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana.

A comissão é formada por representantes da sociedade, da defensoria pública de São Paulo e da ouvidoria da polícia paulista.

A comissão também recebeu colaboração do Ministério Público Federal e do Conselho Regional de Medicina  de São Paulo.

Semana fatal – Entre os dias 12 e 20 de maio, ocorreram 493 mortes no Estado de São Paulo, decorrentes de ferimentos por arma de fogo de grosso calibre.

“Acho que, no Brasil, nunca houve uma lista tão vasta de mortes em uma semana”, afirmou a presidente do Condepe, Rose Nogueira.

O relator da comissão, Paulo Mesquita, do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo, afirma que, apesar dos indícios, ainda não é possível afirmar com precisão que as mortes realmente foram execuções