“Integração entre Mercosul e União Europeia garantirá retomada da economia”
A presidenta Dilma Rousseff participa, nesta segunda-feira, 24, da VII Reunião de Cúpula Brasil-União Europeia, em Bruxelas, na Bélgica. Imagem da declaração à imprensa
A presidenta Dilma Rousseff afirmou, nesta segunda-feira, 24, que a integração entre o Mercosul e a União Europeia contribuirá para a recuperação da economia mundial. Em declaração a imprensa, ao sair da VII Cúpula Brasil União Europeia, Dilma disse ter comunicado aos presidentes europeus sua intenção de levar adiante as negociações para firmar o acordo de Associação entre Mercosul e União Europeia.
“Acredito que essa será uma grande contribuição que nós vamos dar para a recuperação econômica para os países do mundo, em especial para os de duas regiões tão importantes, como é o caso do Mercosul e União Europeia”, afirmou Dilma, que ainda assegurou que o Mercosul “está fazendo um grande esforço para consolidar sua oferta”.
Dilma disse ter ficado surpresa com a contestação pela Europa na Organização Mundial do Comércio (OMC) de programas essenciais para o desenvolvimento sustentável da economia brasileira tais como os programas de desenvolvimento tecnológico Inovar Auto e de desenvolvimento sustentável da Zona Franca de Manaus. “Nesse último caso, assinalei ao lado europeu minha surpresa de que a Europa, região tão comprometida com questões ambientais, conteste uma produção ambientalmente limpa, que gera emprego e renda, e é instrumento fundamental para conservar a floresta amazônica”, disse. “Iniciativas como a Zona Franca de Manaus contribuem para evitar o desmatamento e a consequente emissão de gases de efeito estufa”, emendou.
Segurança na internet
A presidenta afirmou que o Brasil e a UE concordam que existe a necessidade de uma “arquitetura de governança” na internet que garanta o direito à privacidade dos cidadãos, das empresas e a neutralidade da rede. Dilma reforçou o convite para os países que integram o bloco participarem da reunião Multissetorial Global sobre a Governança da Internet, a se realizar em abril, em São Paulo.
Durante o encontro desta segunda, o Brasil tratou com o bloco europeu a respeito do projeto de ligar os dois continentes por cabos de fibra ótica submarinos. “Essa é uma questão importante para o Brasil e essa ligação com a Europa significa uma diversificação das conexões que o Brasil tem com o resto do mundo”, disse Dilma. Ela ainda acrescentou que a ligação é estratégica para o Brasil. Na avaliação da presidente, se a política for adotada “de forma concreta”, os dois estarão dando “uma grande contribuição” para ter relações seguras entre os países envolvidos.
Reeleição
Dilma continua favorita à reeleição em outubro próximo e com vitória no primeiro turno. É o que revela a pesquisa Datafolha, realizada entre os dias 19 e 20 deste mês em 161 cidades de todo o país.
Dilma tem 47% das intenções de voto. Aécio Neves (PSDB) aparece em segundo com 17%. Eduardo Campos (PSB) tem 12%. O índice dos que estão propensos a votar em branco e nulo chega a 18%. Não sabe ou não responderam são 6%.
Quando Marina Silva (PSB) aparece como candidata no lugar de Campos, pontua 23%. Mas em novembro tinha 26%. Em outubro, 29%. Nesse cenário, Dilma também vence no primeiro turno, com 43%. Aécio fica com 15%.
Na avaliação do governo Dilma, a aprovação popular é de 41% de ótimo e bom; 37% de regular; 21% de ruim e péssimo. A nota média do governo é de 6,2.
Foram entrevistadas 2.614 pessoas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Da Agência FEM-CUT/SP