Integrantes do SUR na Ford tomam posse pensando no futuro

Quinze metalúrgicos tomaram posse determinados a continuar fortalecendo a representação no local de trabalho


Membros do SUR, CSE e da executiva do Sindicato durante a posse. Foto: Raquel Camargo / SMABC

Os companheiros do Sistema Único de Representação (SUR) na Ford em São Bernardo tomaram posse determinados a continuar fortalecendo a representação no local de trabalho.

A eleição dos quinze membros teve a participação de mais de três mil metalúrgicos. “Essa presença mostra o valor que os trabalhadores dão ao Sindicato”, destacou José Quixabeira, o Paraíba, coordenador do SUR.

Junto a ele foram escolhidos os companheiros Marquinho, Paulo Brasil, Claudião, Macedo, Alemão, João Cayres, Titica, Sapinho, Soró, Tubarão, Máscara, Silvano, Sandro Babuíno e André Negão.

Vice-presidente do Sindicato e membro do CSE na Ford, Rafael Marques, que participou da posse, relembrou as lutas dos trabalhadores na montadora em busca de sua organização.

“Passamos por muitas dificuldades, enfrentamos grandes batalhas, mas a nossa união nos levou ao poder e hoje sentamos à mesa com os representantes da empresa para negociar investimentos e novos produtos capazes de garantir a permanência dos empregos nesta planta”, disse.

O diretor Administrativo do Sindicato e também do CSE, Teonílio Monteiro da Costa, o Barba, destacou a vinda de plataformas globais de automóveis e caminhões para a fábrica. “Foi uma conquista relevante da organização dos trabalhadores na Ford”, falou durante o evento.  

Para o coordenador geral da representação, Alexandre Colombo, o representante tem que ser capaz de negociar. “Um companheiro que não tem condições de ir para uma mesa de negociação não pode representar os companheiros”, concluiu o dirigente durante a posse.


Pedro, Caipira, Olavo e Zé Goiaba, ao lado de Rafael Marques, que fala no púlpito.
Foto: Raquel Camargo / SMABC

Companheiros que deixam o SUR lembram momentos marcantes
“Ter ajudado um companheiro a se restabelecer da dependência química e voltar para a família foi o que mais marcou minha trajetória de 12 anos no SUR”. José Vieira Filho, o Zé Goiaba, inspetor de qualidade de processo. 

“A responsabilidade de tomar decisões que afetavam milhares de pais de famílias me fez, sempre, procurar não errar. A confiança dos trabalhadores foi fundamental nestes momentos turbulentos”. Olavo Orlando de Souza, da manutenção eletro-eletrônica. 

“O momento que mais me emocionou foi a volta dos demitidos para o chão de fábrica, em 1998. Provamos nossa capacidade de luta. Foi a maior vitória dos trabalhadores na Ford”. Pedro David Paulino, funileiro de produção. 

“Foram dois fechamentos, o da Volks Caminhões e o da Ford Ipiranga. Os tempos eram outros, mas nos organizamos e fizemos muitas lutas. Isso me marcou, por isso vou continuar lutando”. Luis de Assis, o Caipira, montador.

Da Redação