Integrantes do SUR na Scania tomam posse
15 representantes dos trabalhadores no Sistema Único de Representação iniciam a gestão 2020-2023
Os representantes dos trabalhadores eleitos para o SUR (Sistema Único de Representação) na Scania, em São Bernardo, tomaram posse na sexta-feira, dia 31 de julho. São 15 integrantes, sendo 12 CSEs (Comitês Sindicais de Empresa) e três da Cipa, que assumem para a gestão 2020 a 2023.
O presidente dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, o Wagnão, falou sobre a conjuntura e a importância da luta. “A pandemia escancara a desigualdade social, com as mortes concentradas na classe mais pobre, que não tem convênio médico nem estrutura para manter o isolamento, proteger a sua vida e a de suas famílias. A defesa de uma sociedade melhor para todos é responsabilidade de cada um de nós”, defendeu.
O diretor executivo do Sindicato e CSE na Scania, Carlos Caramelo, destacou que a luta vai além da fábrica. “Defendemos políticas para fortalecer a indústria e gerar empregos no Brasil, com propostas de nacionalização, reconversão industrial e renovação da frota. Temos reforçado muito a importância de uma indústria forte para o desenvolvimento do país”, afirmou.
“Também queremos ampliar o debate com a sociedade, movimentos sociais, de direitos humanos, direitos da classe trabalhadora. Para as lutas dentro e fora da fábrica, temos que reforçar a representação dos trabalhadores. Fique sócio do Sindicato”, convidou.
O SUR na Scania foi criado em março de 1996 e unificou a então Comissão de Fábrica e a Cipa com o objetivo de fortalecer a organização no chão de fábrica.
O novo coordenador geral do SUR, Francisco Souza dos Santos, o Maicon, ressaltou os desafios em meio ao cenário do país. “Esse governo de extrema direita não tem nenhuma política voltada para a indústria, só projetos voltados aos empresários e ao sistema financeiro, com o compromisso de aumentar ainda mais a desigualdade social”, afirmou.
“Todos os nossos desafios passam pela unidade. O grupo que assume agora é uma mescla de representantes mais antigos e mais novos, com a tarefa de unir a classe trabalhadora para conseguir a manutenção dos direitos e também avançar”, reforçou.
O CSE e secretário-geral do SUR, Emerson Monteiro da Silva, o Danado, falou sobre o novo mandato. “Além dos problemas no dia a dia, convivemos com essa pandemia e não temos previsão de volta a uma situação normal. Nada mais importante do que a unidade dos trabalhadores para mostrar a força do Sindicato e ter conquistas”, disse.
O CSE Celso Ricardo de Moura, que integra a coordenação do SUR, ressaltou que o mandato será desafiador. “Temos que proteger os direitos e preparar o escudo contra a implantação de medidas da reforma Trabalhista. Estamos preparados para resistir em tempos de crise e preparar a retomada no pós pandemia para avançar”, concluiu.