Intenção de consumo das famílias sobe no mês, mas cai 3,9% no ano

Favorecida pela perda de força da inflação até outubro e da manutenção de ganhos salariais reais no período, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) mostrou avanço de 1,7% em novembro, após subir 0,1% no mês passado, na comparação com o mês anterior. O dado foi divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta quinta-feira. Porém, em relação a novembro do ano passado, o ICF mostrou queda de 3,9%.

Com o segundo resultado positivo consecutivo no ICF, a CNC decidiu manter em 4,5% sua projeção de aumento nas vendas do comércio varejista em 2013. Em 2012, o faturamento do comércio avançou 8,4%.

Em relação a outubro deste ano, seis dos sete tópicos usados para cálculo do indicador mostraram saldo positivo. É o caso de emprego atual (2,1%); perspectiva profissional (1%); renda atual (1%); compra a prazo (2,2%); nível de consumo atual (2,4%); e perspectiva de consumo (3%). O único a mostrar recuo, nessa comparação, foi momento para duráveis (-0,2%)

As famílias de maior renda impulsionaram o resultado favorável da intenção de consumo, na comparação com outubro. Entre as famílias com renda acima de dez salários mínimos, o ICF subiu acima da média, com avanço de 2,3% em novembro ante outubro. Já nas famílias com renda abaixo dessa faixa a intenção de consumo mostrou alta abaixo da média, com elevação de 1,5%, na mesma comparação.

De acordo com a CNC, a queda na intenção de consumo ante novembro do ano passado deve-se à dificuldade de aquisição de crédito, dólar mais elevado, e menor crescimento da massa real de salários este ano, em relação ao ano passado, levaram ao recuo. Entretanto, a entidade detalhou que, nessa comparação, o ICF em novembro teve recuo menos intenso do que o de outubro (-6,3%), ante igual mês do ano anterior.

Do Valor Econômico