Investigação concluída: Morte de Celso não foi política, diz polícia
Nos últimos cinco anos, a mídia tentou de todas as formas transformar o sequestro e assassinato do ex-prefeito Celso Daniel, ocorrido em janeiro de 2002, em crime político envolvendo o PT.
Nesse período, os meios de comunicação deram ampla divulgação a toda e qualquer denúncia feita por um grupo de promotores de Santo André e por dois irmãos da vítima, sem se preocupar em verificar se as acusações eram verdadeiras.
Como as denúncias nunca eram provadas, os jornalistas publicavam depois um desmentido em algum cantinho do jornal ou em nota lida rapidamente na tevê. Agora, essa manipulação vai terminar.
A mídia praticamente escondeu a informação, mas a polícia anunciou que não há provas de crime político no caso de Celso Daniel. A conclusão da delegada Elizabete Sato, que passou os últimos 12 meses estudando o caso, foi divulgada nesta semana e encaminhada à Justiça e ao Ministério Público.
Em seu relatório, a delegada afirma que um ano após a reabertura das investigações e a agitação feita em cima do fato pelos promotores de Santo André e os irmãos do ex-prefeito, ninguém apresentou qualquer indício que provasse o crime político.
O documento de Elizabete chega a colocar em dúvida a capacidade dos promotores. “Eles sucumbiram diante da não demonstração de outras provas”, afirma.
A delegada conclui com uma crítica à imprensa. “Não se deve transformar a investigação em um acontecimento político”, diz.