IPCA-15: Prévia da inflação alcança 10,20% em 12 meses

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, foi de 10,20% nos últimos 12 meses. Neste mês 8 dos 9 grupos de produtos analisados tiveram alta. Os dados foram divulgados ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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O maior crescimento registrado no mês foi no grupo de alimentação e bebidas, que teve um impacto de 0,20 pontos percentuais na inflação. A alta desses produtos foi de 0,97%, número 0,35% maior do que os índices de dezembro. Logo em seguida, as maiores altas registradas foram nos grupos de saúde e cuidados pessoais (0,93%) e habitação (0,62%), e refletiram um aumento de 0,12 e 0,10 pontos percentuais respectivamente na inflação. As maiores variações foram nos setores de vestuário (1,48%) e artigos de residência (1,40%).

Alimentos subindo

Entre o grupo que cresceu 0,97%, o item alimentação no domicílio subiu de 0,46% em dezembro para 1,03% em janeiro. Os produtos com maiores altas foram a cebola (17,09%), frutas (7,10%), café moído (6,50%) e carnes (1,15%).

Entre os alimentos que tiveram baixa estão a batata inglesa (-9,20%), arroz (-2,99%) e o leite longa vida (-1,70%). Além disso, comer fora ficou 0,81% mais caro, o preço do lanche foi de -3,47% para 1,25%, e a refeição variou de 1,62% para 0,63%

Alta nos automóveis 

Subiram os preços de automóveis novos (1,90%) e do item emplacamento e licença (1,70%), que inclui o IPVA. O IBGE apurou ainda alta no seguro (3,25%) e no aluguel de veículos (12,94%).

Ter um teto ficou mais caro

Entre o grupo da habitação, que cresceu 0,62%, o aluguel foi uma das maiores altas (1,55%). O gás encanado subiu 8,40% em São Paulo. A energia elétrica teve um crescimento de 0,03%. 

Aumento no país inteiro

A chamada “prévia” subiu em todas as áreas pesquisadas. Variou de 0,19% (Brasília) a 1,08% (Salvador), somando 0,58% na região metropolitana de São Paulo. Em 12 meses, o IPCA-15 vai de 8,89% (Rio) a 12,80% (Curitiba). Atinge 9,77% e supera os dois dígitos também em Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife e Salvador.

Com informações da CUT.