Ipea divulgou estudo sobre qualidade de vida e proteção social

Segundo o documento, o atual sistema de previdência resulta da situação na qual o cidadão tem baixa qualidade de vida e, consequentemente, se apoia precocemente no sistema de seguridade social, que tende a ter um gasto superior ao ideal

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou o Comunicado da Presidência nº 33: Qualidade de vida Seus Determinantes e Sua Influência sobre a Seguridade Social.

O Comunicado analisa se os hábitos da vida moderna, juntamente com precárias condições de trabalho, levam à queda na qualidade de vida e como esses determinantes influenciam na seguridade social, por meio, principalmente, da emissão de benefícios como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.

A pesquisa inédita do Ipea usa como fonte de dados a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o IBGE (PNAD), o Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS/Dataprev) e o Ministério da Saúde (MS/Datasus).

A OMS indica que as doenças crônicas, como as cardiovasculares, o diabete, a obesidade, o câncer e as doenças respiratórias, representam cerca de 60% do total de mortes por ano, em todo o mundo. A expansão das doenças crônicas reflete os processos de industrialização, urbanismo, desenvolvimento econômico e “globalização alimentar”, que acarretam na alteração das dietas alimentares, no aumento dos hábitos sedentários e crescimento do consumo de tabaco. Já a queda na incidência de doenças transmissíveis tende a estar correlacionada ao aumento de saneamento básico e elevadas taxas de vacinação encabeçadas por políticas públicas.

Segundo o documento, o atual sistema de previdência resulta da situação na qual o cidadão tem baixa qualidade de vida e, consequentemente, se apoia precocemente no sistema de seguridade social, que tende a ter um gasto superior ao ideal. O estudo sugere que se busquem alternativas de melhoria da qualidade de vida do cidadão.

Do IPEA