IPI menor garante retomada em fogões e geladeiras
Algumas empresas do segmento até voltaram a contratar trabalhadores para atender o crescimento das vendas
Grandes fabricantes de geladeiras, fogões e máquinas de lavar, produtos que foram beneficiados pela redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), dizem que já retomaram em maio níveis de produção pré-crise.
Alguns até voltaram a contratar trabalhadores para atender o crescimento das vendas. A Whirlpool, dona das marcas Brastemp e Consul, por exemplo, contratou em maio 300 trabalhadores temporários para as fábricas de Joinville (SC) e Rio Claro (SP), que produzem refrigeradores, máquinas de lavar e fogões.
Além disso, remanejou 140 funcionários da Embraco, unidade do grupo voltada para a produção de compressores, para as fábricas de eletrodomésticos.
“Em maio, retomamos pontualmente os níveis de produção pré-crise”, afirma o diretor de Relações Institucionais da Whirlpool, Armando Annes do Valle Júnior. O executivo conta que, com o corte no IPI na metade de abril, as vendas em maio cresceram 20% sobre o mesmo mês do ano passado. “Os maiores índices de crescimento ocorreram nas geladeiras e nas máquinas de lavar, enquanto nos fogões foi um pouco menos.”
Na concorrente Mabe, que detém as marcas GE e Dako e chegou a dar férias coletivas para enxugar a produção, o movimento foi semelhante. Patricio Mendizábal, presidente da companhia, diz que a produção de lavadoras cresceu 25%, a dos refrigeradores, 15%, e dos fogões, 10%. “Nos refrigeradores estamos trabalhando no nível de produção pré-crise”, diz.
Para Lourival Kiçula, presidente da Eletros, associação dos fabricantes do setor, após o corte do IPI, de abril para maio, houve acréscimo de 20% a 25% nas unidades vendidas para o varejo. Ele acredita que, se for mantido o benefício que está previsto para expirar em julho, há possibilidade de repetir neste ano o volume de vendas de 2008. Kiçula observa que a redução do imposto teve impacto positivo também na venda de outros itens . O consumidor transfere a economia para a compra de mais bens.
Da Agência Estado