IR: Pressão sobre o Congresso

O presidente do Sindicato, José Lopez Feijóo, passou os dois últimos dias num corpo-a-corpo com deputados e senadores, pressionando pela correção da tabela do Imposto de Renda.

Ao lado do deputado Vicentinho e do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, Valmir Marques da Silva, o Biro Biro, Feijóo foi aos gabinetes de todos os parlamentares da base aliada do governo, ao plenário da Câmara e ao gabinete do vice-relator do Orçamento, deputado Paulo Bernardo, na terça-feira. Ontem conversou com parlamentares de outros partidos. 

Qual foi seu recado nestes dias em Brasília?
Foi lembrar o compromisso do governo e de sua base aliada com a correção da tabela e uma nova estrutura para o imposto de renda.

E qual foi o retorno?
Todos se comprometeram a apoiar a nossa reivindicação.

Você se deu por satisfeito?
Ainda não. Queremos que a Receita Federal e o Ministério da Fazenda atendam pedido de audiência com a CUT. E que o Congresso faça sua parte, votando a correção da tabela.

Esse pedido de audiência já existe?
O pedido já existe e não é de agora. Desde o final do ano passado, quando começamos as mobilizações, e quando negociamos o redutor de R$ 100,00, o governo se comprometeu a negociar conosco uma nova estrutura do Imposto de Renda. Não admitimos recuo.

Ao anunciar o crescimento do PIB, o ministro Palocci afirmou que o aperto fiscal continua…
Os metalúrgicos não abrem mão desta reivindicação. O mesmo acontece com a CUT. O governo tem de encontrar mecanismos de manter a arrecadação. O que não pode é jogar a conta nas nossas costas. Seja com a correção da tabela ou por meio de uma nova estrutura para o imposto, o que queremos é a desoneração da renda. E renda, nesse caso, é o nosso salário.

Mesmo com a audiência, a marcha sobre Brasília fica mantida?
Fica. Porque além da correção da tabela queremos pressionar por um reajuste decente para o salário mínimo. O Congresso e o governo sabem que faremos uma manifestação barulhenta aqui em Brasília entre os dias 13 e 15. E os metalúrgicos do ABC estarão aqui, lutando por suas reivindicações.