Iraque: Guerra completa quatro anos

Após matar mais de 700 mil pessoas e sem qualquer perspectiva de terminar, completou ontem quatro anos que os Estados Unidos iniciaram a Guerra no Iraque comandando vários países. Na época, Bush alegou que o ataque impediria o uso das armas de destruição em massa que o então ditador do país, Saddam Hussein, possuiria.

Só que até hoje não foi encontrado qualquer vestígio das tais armas. Elas não passaram da justificativa encontrada pelo presidente dos EUA para encobrir o verdadeiro motivo da guerra, que é controlar as imensas reservas de petróleo existentes na região.

Com sua habitual prepotência imperialista, os norte-americanos acreditavam que a conquista do Iraque, um país pobre e atrasado, seria um passeio. Não foi. Até agora, mais de 4.000 soldados americanos morreram no conflito, que fez milhares de mutilados.

A Guerra no Iraque já custou mais de R$ 800 bilhões aos cofres públicos americanos. É o valor aproximado dos bens e serviços produzidos pelo Brasil em um ano (PIB).

Cerca de 16 vezes a mais que os R$ 50 bilhões previstos antes do conflito. Hoje, as operações custam R$ 600 milhões ao dia.

O Congresso americano vai votar pedido de Bush para gastos extras de R$ 250 bilhões na guerra este ano, além dos R$ 200 bilhões já aprovados no Orçamento também de 2007.

Futuro de colapso total

Os EUA derrubaram uma ditadura, mas deixaram um vácuo de poder.

O Iraque está  entregue a grupos armados que atacam soldados americanos e trocam tiros entre si, em uma verdadeira guerra civil que destruiu o país.

A classe trabalhadora mudou-se para países vizinhos.

O país está ingovernável e desmoronando aos poucos.

Não há governo ou líder nacional respeitado, nem forças norte-americanas capazes de preencher esse vácuo.

O futuro do Iraque é de colapso total.