Israel promove massacre contra civis no Líbano

Há uma semana Israel bombardeia o Líbano. Mais de um milhão de pessoas tentam sair do país e pelo menos 250, a maioria civis, foram mortas.

Guerra já matou 250 e faz 1 milhão fugir do Líbano

A saída de cerca de um milhão de pessoas do território libanês já é considerada como o maior êxodo humano depois da Segunda Guerra Mundial.

Outro saldo da nova onda de violência entre árabes e israelenses é a morte de 250 pessoas, a ampla maioria civil, e a infra-estrutura das cidades no sul do Líbano completamente destruídas.

Israel prossegue com seus ataques contra alvos no Líbano, em um esforço para enfraquecer o movimento xiita Hezbollah e impedi-lo de usar o sul do país como base.

Na semana passada, militantes do Hezbollah capturaram dois soldados israelenses em uma incursão em território de Israel, detonando um ciclo de ataques retaliatórios que ameaçam desestabilizar a região.

Fuga em massa – Dezenas de milhares de pessoas estão fugindo por conta própria do Líbano para a Síria. Vários países intensificam a retirada dos estrangeiros do país.

A maioria segue para bases militares no Chipre. Segundo a rádio inglesa BBC, as bases militares em Chipre ofereceram abrigo a curto prazo para aqueles que tiverem que esperar pelos vôos de retorno a seus países.

A operação já é considerada uma das maiores evacuações em massa desde a Segunda Guerra Mundial.

Um grupo de brasileiros que deixou o Líbano na segunda-feira, pela Turquia, embarcou em um avião da Força Aérea Brasileira com chegada prevista para ontem à noite em Guarulhos. Outros 122 brasileiros aguardam a saída do país.

O Itamaraty confirmou ontem a morte de mais um brasileiro em ataques israelenses no Líbano. A vítima é uma criança de 8 anos de idade. A mãe e o irmão estariam feridos.

Hezbollah apóia palestinos

Segundo análise de especialistas, o Hezbollah tem vários motivos para agir. O movimento quer fortalecer sua posição política no Líbano e livrar-se da pressão para se desarmar, o que é exigido por uma resolução das Nações Unidas de 2004.

O Hezbollah quer demonstrar seu apoio aos palestinos e, em especial, ao grupo Hamas, apresentando-se, assim, como defensor da luta contra os israelenses. Desde o final do mês passado que Israel também bombardeia territórios palestinos.

Com a entrada no conflito, o Hezbollah envia uma mensagem clara aos Estados Unidos em nome de seus aliados regionais, Síria e Irã.

Nos últimos dois anos o Líbano se dividiu em duas facções: pró e contra a Síria. O lado anti-Síria é uma aliança de cristãos e sunitas. Foi essa aliança que em 1982, junto com Israel, promoveu um dos maiores atentados contra a humanidade, matando 3.500 palestinos acampados nos vilarejos de Sabra e Chatila. 

O Hezbollah, como grupo político armado, se formou a partir desse período e sua militância se concentra no sul do Líbano. Entre seus aliados e financiadores mais importantes estão a Síria e o Irã.