Itaú quer volta das tarifas bancárias nas empresas
Sindicato orienta os trabalhadores a não aceitarem a cobrança, pois a tarifa zero é uma conquista histórica da categoria
Na semana passada, metalúrgicos em diversas fábricas foram surpreendidos com uma carta do banco avisando sobre a cobrança de uma taxa de recadastramento no valor de R$ 79,00. A ordem é que nenhum metalúrgico aceite a cobrança.
“É mais um movimento dos bancos para jogar os custos da crise de agiotagem em cima das costas do trabalhador”, protestou Sérgio Nobre (foto), presidente do Sindicato.
Ele achou muito estranho o comunicado chegar à vésperas do Itaú anunciar a sua fusão com o Unibanco (veja abaixo).
Entre outras, o Itaú atende os companheiros na Panex, Dana, Otis, Scania e Mercedes-Benz.
Volta atrás
A agência interna na Mercedes-Benz usou bom senso e garantiu que a cobrança não vale para os companheiros e companheiras na montadora. “É um sinal de que temos de resistir e manter a isenção”, afirmou.
Sérgio Nobre, disse que a isenção da cobrança de tarifas bancárias é uma conquista da categoria que os metalúrgicos não vão abrir mão.
“Lutamos para nos livrar daquelas absurdas cobranças e iremos manter o que é nosso por direito”, avisou. De acordo com ele, se o banco insistir, a orientação é mudar de instituição na qual o salário é depositado.
A luta pela isenção das tarifas bancárias começou logo após a campanha salarial de 2003.
Na época, o Sindicato descobriu que as tarifas chegavam a morder até um salário mínimo ao ano de cada trabalhador.