Jornada Cidadã: Prostituição de menores em S. Bernardo em discussão

O Sindicato participa da reunião que o Conselho Tutelar de São Bernardo marcou para hoje entre as polícias Civil e Militar, Guarda Municipal, Projeto Meninos e Meninas de Rua, Ministério Público e diversas entidades de defesa das crianças e adolescentes para discutir o problema da prostituição infantil e do tráfico de drogas que acontecem todos os dias em torno do terminal Ferrazópolis de trólebus.

A ação já é resultado da Segunda Jornada Cidadã que teve início no Sindicato e prossegue em diversas etapas, discutindo formas de defender crianças e adolescentes das diversas formas de exploração que são vítimas.

A Jornada continua sexta-feira, no Sindicato dos Químicos do ABC, em Santo André, com a realização do painel Como enfrentar as causas que levam as crianças a consumirem drogas. Uma passeata sairá do Paço Municipal às 17h em direção ao sindicato e o painel começa às 18h.

A situação em São Bernardo foi amplamente denunciada pela imprensa da região. Devido a falta de políticas públicas do prefeito William Dib, a região próxima do terminal passou a ser conhecida como boca-do-lixo e dezenas de meninas se prostituem lá, cobrando R$ 20,00 o programa – ou até menos – e usando o dinheiro para adquirir drogas.

Marco Antonio da Silva, o Marquinhos, do Projeto Meninos e Meninas de Rua, diz que o problema existe há mais de três anos e foi a Jornada Cidadã que chamou a atenção para ele. Mas sua preocupação, agora, é saber para onde os menores serão encaminhados.

“Depois que o problema chegou aos jornais, a polícia foi lá e prendeu duas meninas, mas não tinha para onde levar”, conta Marquinhos. “Precisa haver uma rede de proteção para esses adolescentes, senão eles saem daqui e vão para outro lugar”, prossegue.

“Só palavras e repressão não resolverão o problema”, conclui o dirigente.