Jornada Cidadã: Sem a sociedade, perderemos essa luta

A criação de um Fórum Metropolitano para o combate permanente à exploração sexual de crianças e ao trabalho infantil é uma das propostas que a Jornada Cidadã quer tornar concreta.

Isto porque, sem a participação da sociedade, a luta em defesa da criança e do adolescente pode ser perdida. Este foi um dos consensos do primeiro painel de debates na última sexta-feira. “Os trabalhadores também têm de assumir essa bandeira. A prostituição infantil é estranha à condição humana”, enfatizou Neide Castanha, do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças. “Todas as conquistas do povo brasileiro vieram da luta coletiva”, enfatizou.

O envolvimento da categoria com essa causa foi prometido pelo presidente do Sindicato, José Lopez Feijóo. “É da nossa tradição participar das demandas sociais”, lembrou Feijóo.

Já  Márcio Sanches, da Comissão Parlamentar de Investigação sobre a Exploração Sexual, afirmou que é necessário mobilização sobre o Congresso Nacional para aprovar leis mais severas de punição, além da pressão nos governos (federal, estaduais e municipais) por serviços de atendimento às crianças nessa situação.

Esse item foi apontado como um entrave por Marco Antonio da Silva, o Marquinhos, do Projeto Meninos e Meninas de Rua de São Bernardo. “Apresentamos vários casos aos poderes públicos da cidade, mas é muito comum ver as crianças de volta às ruas”, observou.

Antes do painel, marcha da Igreja Matriz à Sede do Sindicato reuniu cerca de 600 crianças atendidas pela Secretaria de Ação Social e Cidadania de Diadema, centros Solano Trindade e Dom Décio e do Projeto Meninos e Meninas de Rua

O próximo evento da 2º Jornada será um debate sobre o trabalho infantil, dia 10 de junho, no Sindicato dos Bancários de Guarulhos.