Jornais e revistas do país vivem onda de demissões em massa

A Agência Pública de Jornalismo Investigativo faz uma série de reportagens especiais sobre a onda de demissão em massa nas redações dos veículos de comunicação e tornam os jornalistas mais inseguros, vulneráveis, explorados, além de diminuir consideravelmente a liberdade de expressão.
Passaralho,  diz a primeira das matérias, é um jargão agressivo para as demissões em massa nos meios de comunicação. Remete a pássaros, revoadas de algo que destrói tudo por onde passa. De março a maio de 2013, eles passaram sobre redações de grandes jornais do país, como O Estado de S. Paulo, Valor Econômico e Folha de S. Paulo, e já sobrevoam a editora Abril, além de atingir a maioria dos jornalistas em redações menores, como o jornal Brasil Econômico e a revista Caros Amigos. Isso somente dentre as empresas sediadas na cidade de São Paulo. No estado inteiro houve demissões no jornal A Tribuna, o maior da região da Baixada Santista, e na Rede Anhanguera de Comunicações (RAC), que domina as regiões ao redor de Campinas, Ribeirão Preto e Piracicaba.
Considerando apenas os jornalistas registrados em carteira e somente na cidade de São Paulo, foram registradas 280 demissões homologadas de janeiro a abril desse ano, 37,9% a mais que no mesmo período de 2012, quando foram registradas 203 homologações por conta de demissões. Ou seja, tudo indica que 2013 será pior que o ano passado, quando mais de 1.230 jornalistas foram demitidos de redações no Brasil. Os motivos, em geral, foram “reestruturações”, que nada mais são que novas formas de organizar o trabalho usando menos pessoas e mais tecnologia.
“É um ponto fora da curva”, diz Paulo Totti, que, com quase 60 anos de jornalismo, também foi vítima do corte no Valor. Totti usa a expressão para explicar que, na indústria do jornalismo, os trabalhadores mais experientes são descartados facilmente e substituído por recém-formados – o oposto do que acontece em outras áreas. “Em nenhum outro ramo da economia se vê atitudes semelhantes. Os administradores têm a preocupação de manter a sua mão de obra qualificada”, diz Paulo.
Além de depoimentos de jornalistas demitidos, as reportagens abordam temas como a influência dos conselhos administrativos nas decisões sobre as redações, o futuro da profissão e o enfrentamento entre veículos impressos de notícias e a internet, entre outros.

Cena de Os Pássaros, filme que inspirou a expressão para designar corte em massa de jornalistas das redações do país

A Agência Pública de Jornalismo Investigativo faz uma série de reportagens especiais sobre a onda de demissão em massa nas redações dos veículos de comunicação e tornam os jornalistas mais inseguros, vulneráveis, explorados, além de diminuir consideravelmente a liberdade de expressão.

Passaralho,  diz a primeira das matérias, é um jargão agressivo para as demissões em massa nos meios de comunicação. Remete a pássaros, revoadas de algo que destrói tudo por onde passa. De março a maio de 2013, eles passaram sobre redações de grandes jornais do país, como O Estado de S. Paulo, Valor Econômico e Folha de S. Paulo, e já sobrevoam a editora Abril, além de atingir a maioria dos jornalistas em redações menores, como o jornal Brasil Econômico e a revista Caros Amigos. Isso somente dentre as empresas sediadas na cidade de São Paulo. No estado inteiro houve demissões no jornal A Tribuna, o maior da região da Baixada Santista, e na Rede Anhanguera de Comunicações (RAC), que domina as regiões ao redor de Campinas, Ribeirão Preto e Piracicaba.

Considerando apenas os jornalistas registrados em carteira e somente na cidade de São Paulo, foram registradas 280 demissões homologadas de janeiro a abril desse ano, 37,9% a mais que no mesmo período de 2012, quando foram registradas 203 homologações por conta de demissões. Ou seja, tudo indica que 2013 será pior que o ano passado, quando mais de 1.230 jornalistas foram demitidos de redações no Brasil. Os motivos, em geral, foram “reestruturações”, que nada mais são que novas formas de organizar o trabalho usando menos pessoas e mais tecnologia.

“É um ponto fora da curva”, diz Paulo Totti, que, com quase 60 anos de jornalismo, também foi vítima do corte no Valor. Totti usa a expressão para explicar que, na indústria do jornalismo, os trabalhadores mais experientes são descartados facilmente e substituído por recém-formados – o oposto do que acontece em outras áreas. “Em nenhum outro ramo da economia se vê atitudes semelhantes. Os administradores têm a preocupação de manter a sua mão de obra qualificada”, diz Paulo.

Além de depoimentos de jornalistas demitidos, as reportagens abordam temas como a influência dos conselhos administrativos nas decisões sobre as redações, o futuro da profissão e o enfrentamento entre veículos impressos de notícias e a internet, entre outros.

Da Rede Brasil Atual