Jovem, rebelde, combativa, criativa e inovadora
É assim que a Central Única dos Trabalhadores, a CUT, completará 21 anos no próximo dia 28. É assim que o coletivo de jovens do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC entende que é a juventude. Em especial a Juventude Metalúrgica.
A CUT nasceu para romper com o sindicalismo atrelado ao Estado, para acabar com uma estrutura corporativista, surgiu para representar de fato os trabalhadores.
Hoje, mais de 3.300 sindicatos são filiados e representam mais de 23 milhões de trabalhadores.
Muitos de nós somos mais velhos que a Central. Portanto, temos responsabilidade em assumir e dar continuidade à luta cutista.
Estamos enfrentando o desafio da Reforma Sindical, aplicando no Sindicato algumas de suas propostas como os Comitês Sindicais de Empresa, e ampliando a organização com as Comissões de Jovens, Gênero, Raça e Portadores de Necessidades Especiais.
Os cursos de Formação, a participação efetiva em debates nacionais como na Maratona da Juventude, a Jornada da Cidadania, as comemorações nos dias da Mulher, da Consciência Negra; o Projeto Primeiro Emprego, Unisol e tantos outros eventos que promovemos com ministros, governadores, prefeitos e até o presidente Lula mostram nosso vigor.
É neste contexto que chamamos a juventude da categoria para refletir sobre nossa intervenção neste processo. Nós, jovens metalúrgicos, temos problemas próprios à nossa realidade.
Somos nós que enfrentamos a dura realidade de conseguir o primeiro emprego, do Serviço Militar Obrigatório, da gravidez precoce etc. Sabemos que a necessidade de profissionalização é um problema de toda a sociedade, porém o peso da exigência da experiência profissional recai sobre as costas da juventude.
A realidade do desemprego para os jovens é mais cruel. Quase a metade de nós está desempregada, somos 30% da população carcerária do País, enfim, os desafios são muitos. Mas a CUT, quando nasceu, tinha grandes desafios.
O desafio de enfrentar a ditadura militar quando muitos companheiros ainda viviam na clandestinidade ou exilados, o movimento sindical e os movimentos sociais eram duramente reprimidos, as eleições não eram livres.
Mas a luta da sociedade, principalmente da classe trabalhadora, conquistou um pouco mais de liberdade de expressão, o voto livre e iniciou a democracia no País. É bom, mas não é tudo. Sabemos que ainda precisamos avançar muito.
Tudo que o que alcançaremos virá da rebeldia, da combatividade e da criatividade.
Essa é a homenagem do coletivo de jovens do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC a esta jovem central sindical, a maior da América Latina.