Jovens do Senai na Mercedes no Trabalho e Cidadania: “É moleza para nós hoje”
Primeiras turmas de jovens do SENAI na Mercedes a participar do Programa Trabalho e Cidadania…
…Formação sindical foi aprovada durante Seminário da Juventude Metalúrgica, em abril de 2013
44 jovens do último termo do Senai na Mercedes, em São Bernardo, participaram nesta semana pela primeira vez do Trabalho e Cidadania.
O programa libera os trabalhadores durante um dia inteiro por ano para frequentar um curso de Formação sobre o mundo do trabalho e as relações trabalhistas e já teve mais de 5 mil participações.
“É moleza para nós, hoje, se compararmos com as dificuldades que os companheiros enfrentaram no passado em busca de melhores condições de vida e trabalho”, disse Maiara Berger Pereira, de 19 anos, após conhecer a história do Sindicato.
Ela destacou a participação dos metalúrgicos do ABC na luta pela democracia no Brasil, durante a Campanha das Diretas Já. “É importante conhecermos e valorizarmos essa história, para entendermos como foi conquistado o que temos agora”, enfatizou.
Filip Severo, de 18 anos, também partilhou a opinião de Maiara e recomendou o curso de Formação. “Ainda podemos melhorar, mas me sinto privilegiado pelas conquistas dos companheiros”, concluiu o estudante.
Segundo Regis de Sene Maria, o Iá, integrante do CSE na Mercedes, a participação dos alunos do Senai no Programa Trabalho e Cidadania foi um dos itens aprovados no Seminário da Juventude Metalúrgica, realizado em abril do ano passado.
“Incluir a juventude nesta Formação é essencial para garantirmos nossas conquistas e ampliarmos ainda mais o papel cidadão do Sindicato”, defendeu Iá.
Para o coordenador do programa, Walter Souza, apesar da pouca idade dos participantes, o entendimento é imediato.
“A velocidade que eles compreendem situações que não viveram, como o período de altas de inflação, por exemplo, é impressionante”, salientou.
Já o formador Luis Gross comparou a experiência dos jovens do Senai no Trabalho e Cidadania à visita em um museu pré-histórico. “É como ver esqueletos de dinossauros. A gente nunca viu, mas sabe que eles existiram”, brincou.
Durante o curso, Jorge Henrique Prestes, montador na Ford há 25 anos na empresa, contribuiu com suas lembranças ao contar um pouco da história de lutas do Sindicato.
“Dois momentos foram marcantes para mim, a solidariedade na Greve dos Golas Vermelhas, em 1990, e a participação das esposas dos trabalhadores na porta da fábrica depois da demissão de quase 3 mil companheiros, em dezembro de 98”, recordou.
“Essa troca de experiências com as novas gerações de metalúrgicos é fundamental. Me sinto uma lenda viva”, finalizou Jorge.
Da Redação