Juros devem cair 1 ponto percentual nesta semana, diz pesquisa do BC

A taxa Selic deve cair dos atuais 12,75% ao ano para 11,75% ao ano. Na última reunião do Copom, em janeiro, o BC cortou a taxa Selic de 13,75% para 12,75% ao ano. Foi o maior corte de juros em cinco anos

O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) deve reduzir a taxa básica de juros em mais um ponto percentual nesta semana, em reunião na próxima quarta-feira (11). A previsão é dos economistas ouvidos pelo próprio BC na pesquisa semanal Focus.

A taxa Selic deve cair dos atuais 12,75% ao ano para 11,75% ao ano. Na última reunião do Copom, em janeiro, o BC cortou a taxa Selic de 13,75% para 12,75% ao ano. Foi o maior corte de juros em cinco anos.

Até o final do ano, a taxa básica de juros deve cair para 10,25% ao ano, de acordo com a pesquisa.

A redução dos juros é uma tentativa de frear a desaceleração da economia em 2009. Na pesquisa divulgada hoje, os economistas reduziram mais uma vez a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no período).

A estimativa de crescimento da economia brasileira em 2009 foi reduzida de 1,5% para 1,2%. O número está abaixo dos 3,2% estimados pelo próprio BC e dos 4% previstos no Orçamento deste ano. Para 2010, a previsão é de uma expansão de 3,5%.

Inflação
Em relação às previsões de inflação, a expectativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que serve como meta para o BC, caiu de 4,66% para 4,57%. A meta de inflação é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% no intervalo de tolerância (teto da meta).

A expectativa do mercado para o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) caiu de 4,50% para 4,16%; o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) passou de 3,99% para 3,79%. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica), de 4,50% para 4,36%.

A previsão para o dólar no fim deste ano ficou em R$ 2,30. Para o saldo da balança comercial, a previsão está em US$ 13 bilhões.

A expectativa para o déficit em conta corrente neste ano se manteve em US$ 25 bilhões. A estimativa de investimentos estrangeiros diretos está em US$ 23 bilhões. A previsão para a relação dívida/PIB, em 36,2%.

Da Folha Online