Justiça decreta falência do grupo Proema e empresas são lacradas

(Foto: Edu Guimarães)

Após ser rejeitado o Plano de Recuperação Judicial, apre­sentado pelo Grupo Proema em outubro deste ano, a falên­cia foi decretada pela justiça no dia 11 de novembro. As empresas que ainda estavam em atividades foram lacradas no último dia 29.

“A falência é única garan­tia que os trabalhadores têm de que o patrimônio está assegurado, o que dá mais confiança para que os débitos trabalhistas sejam quitados”, avaliou o coordenador de São Bernardo, Nelsi Rodrigues, o Morcegão.

O Sindicato representa quase 800 trabalhadores com débitos trabalhistas que che­gam a R$ 39 milhões. Já a soma total de débitos da Proema é de R$ 60 milhões.

“Uma empresa foi nome­ada pela justiça como fiel depositária e também um administrador judicial que assumiram o controle da fábrica para preservar o pa­trimônio, fazer a arrecadação (relação de equipamentos, entre outros bens), avaliação e posterior leilão dos bens para saldar a dívida com os trabalhadores”, explicou Morcegão.

No dia 19 de outubro, o Sindicato e uma comissão de trabalhadores, além de outros credores, estiveram reunidos com representantes da empre­sa Proema, em São Bernardo, e rejeitaram o Plano de Re­cuperação Judicial proposto pelos administradores. 

Relembre a história da má gestão dos patrões

A crise do grupo Proema, composto por 19 empresas, começou em meados de 2012 por conta de má admi­nistração. A partir de então, a situação passa a se agravar e centenas de trabalhadores são demitidos. Algum tempo depois, o Sindicato consegue obter a confissão de dívida por parte da empresa, o que facilita o andamento das ações trabalhistas.

Na fase de execução des­sas ações, em dezembro de 2014, a empresa entra com o pedido de plano de recu­peração judicial, a partir daí, todas as ações são suspensas.

Da Redação