Juventude: CUT e PT apresentam programa de inclusão social
O público alvo que será beneficiado pelo projeto são os jovens negros de 16 a 24 anos
Para promover a inclusão social dos jovens na sociedade, a Secretaria Nacional de Combate ao Racismo do PT e a da CUT apresentaram em reunião realizada na sexta-feira (28), a proposta para o Programa Juventude Levada a Sério. Segundo Amanda de Fátima, responsável pelo desenvolvimento do Programa, o objetivo consiste em “fortalecer o protagonismo do jovem excluído para que ele possa ser pensador e formador de ações para o desenvolvimento da sociedade”, explica.
A proposta, iniciativa da Secretaria Nacional de Combate ao Racismo do PT, determina como foco específico a contribuição para a reflexão sobre as questões do trabalho, compreensão e enfretamento dos desafios no mercado empregatício, além da superação do preconceito, seja ele de gênero ou racismo. O público alvo que será beneficiado pelo projeto são os jovens, negros de 16 a 24 anos – que se encontrem em vulnerabilidade social e moradores de periferia – uma vez que são a maioria desprovida de recursos no país.
O secretário de Políticas Sociais, Expedito Solaney ressalta a importância do Programa uma vez que “o projeto bate na base com os jovens e traz a problemática do desemprego e da exclusão social. A Secretaria Nacional de Combate ao Racismo do PT teve uma boa iniciativa em buscar essa população de jovens e adolescentes, trazendo a discussão da cidadania”, diz.
A formação dos jovens contará com as bases: cidadania; profissionalização e; cultura. Nestes tópicos, o objetivo é conscientizar os alunos sobre direitos e deveres; formar trabalhadores conscientes da condição de cidadãos e não apenas profissionais para o mercado de trabalho. Vale ressaltar que a grade dos cursos ministrados são estipulados segundo pesquisas que apontem carreiras profissionais em ascensão, como o ramo gastronômico e estético.
Diferencial
O que difere o Programa Juventude Lavada a Sério dos inúmeros projetos de inclusão social, “é justamente a formação da consciência do ser como trabalhador e a qualificação dele na esfera política e cidadã”, explica Amanda.
A representante do Coletivo da Juventude, Silvia Rezende atenta para a relevância do projeto que alcança o público ideal, principalmente pela questão do trabalho. “Nada mais correto do que começar a conscientização pela questão do trabalho decente com jovens”, diz. Composto por equipe multidisciplinar, formada por coordenador, psicólogo, assistente social, professor de inglês e português, além de instrutores de cidadania, culturais e de qualificação, o projeto também objetiva proporcionar alimentação, material de apoio, transporte, bolsa-auxílio, e dispor de assessoria para suporte em consultoria pedagógica, jurídica, política e contábil.
O projeto piloto apresenta o desenvolvimento no estado da Bahia com duração de 18 meses. O presidente da CUT, Artur Henrique, diz que “em debate interno é preciso analisar algumas questões para conjuntamente avançar neste debate”, e salientou a que em 2009 vigorará a Secretaria da Juventude da CUT.
Na reunião estavam presentes, o presidente da CUT, Artur Henrique, o secretário de Formação Política, José Celestino, o secretário de Políticas Sociais, Expedito Solaney, o secretário Geral, Quintino Severo, a representante e o coordenador do Coletivo da Juventude, Silvia Rezende e Adriano Soares, respectivamente, o Ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Edson Santos, a secretária Nacional de Combate ao Racismo do PT, Cida Abreu, a responsável pelo desenvolvimento do Programa, Amanda de Fátima e o assessor do ministro, José Mesquita.
Da CUT