Kwid terá venda direta para o cliente comum, com desconto de R$ 7,2 mil

Acordo da Renault com a rede vale por até dois meses para os modelos em estoque nas concessionárias

A Renault anuncia que por um período de até dois meses vai vender o seu modelo de entrada, o Kwid, com preço de venda direta para o consumidor comum. Com isso, o compacto ficou até R$ 7,2 mil mais barato, em patamar próximo ao praticado durante a vigência da Medida Provisória 1.175 nos meses de junho e julho. A prática da venda direta, que envolve a emissão da nota fiscal direto da montadora, limita-se no Brasil aos negócios no atacado, tipo locadoras e frotistas, além de taxistas, produtores rurais e PcD (pessoa com deficiência).

No caso do Kwid, a Renault informa que foi feito um acordo com a rede que vale para os modelos em estoque nas concessionárias por um prazo de no máximo dois meses. A montadora vai recomprar o carro estocado e vender direto para o consumidor. A concessionária recebe comissão, mas em valor menor do que o praticado normalmente.

Já há no País uma marca operando exclusivamente com venda direta. É a chinesa GWM, que assinou convenção de marca com sua rede de concessionárias autorizando a prática. Em comunicado distribuído na quinta-feira, 19, a Renault informa que todos os pedidos continuam sendo realizados por meio da rede de concessionárias.

O preço de tabela do modelo em junho, quando foi publicada a referida MP, era de R$ 68.990,00. Na ocasião a versão Zen chegou a custar R$ 10 mil menos, sendo R$ 8 mil em função do incentivo do governo e o restante bancado pela montadora. Essa ação evidencia uma retração no varejo automotivo. As vendas diretas estão em alta, enquanto o movimento nas lojas está bastante fraco, conforme revelam fontes ligadas às concessionárias.

Do AutoIndústria