Lágrimas dos patrões só aumentam na Campanha Salarial
"Se os patrões não ouvirem nosso barulho, responderemos com o silêncio das máquinas", afirmou David Carvalho, coordenador da Regional Diadema
David Carvalho, Raimundo Oliveira (assessor jurídico da FEM), Biro-Biro (presidente da FEM) e Andrea de Souza (secretária da Mulher da FEM), durante negociação do G3. Foto: Midia Consulte
Nesta quinta-feira (23) haverá nova rodada de negociações da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT) com a bancada patronal do Grupo 8 (trefilação e laminação de metais ferrosos, refrigeração, condutores elétricos, entre outros) pela Campanha Salarial de 2012 da categoria.
Segundo David Carvalho, coordenador da Regional Diadema que acompanhou as últimas negociações, apesar da pressão dos representantes dos trabalhadores os patrões continuam a choradeira, reclamando da economia e não apresentam qualquer proposta.
“Se nada mudar e os patrões insistirem em não ouvir o barulho dos trabalhadores, nós vamos responder com o silêncio das máquinas para que eles apresentem propostas”, afirmou o dirigente.
Por isso, David reafirma que o momento é de aumentar a temperatura nas mobilizações que acontecem nas fábricas e preparar a resposta para as lamentações dos donos de empresa.
O coordenador da Regional Diadema reforça que as reclamações não tem sentido, pois a economia dá sinais claros de recuperação no segundo semestre, segundo avaliações dos próprios empresários.
“Eles argumentam usando um cenário econômico que já é passado, que já não existe mais, apenas para não aceitar as reivindicações dos trabalhadores”, finalizou David.
Na sexta-feira (24), tem mais uma rodada de negociações com a bancada patronal do Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos, entre outros), na sede do Sindipeças, em São Paulo.
Da Redação