Lata d´água na cabeça

Vivemos uma situação bastante grave e não divulgada pela imprensa comercial. A tendência a piorar a crise da falta d´água, pois o “volume morto” do sistema Canta­reira já está acabando, arrastando consigo Alto Tietê, Guarapiranga e, agora, Billings.

Segundo a Fiesp, ao menos 3 mil trabalhadores foram demitidos devido à escassez de água, além da redução de turnos e diminuição da produtividade e competitividade nas empresas.

Um setor já bastante afetado é o turis­mo. Outro risco está nas empresas do polo petroquímico de Paulínia, que necessitam de muita água para o refino de petróleo – e falhas nessa área afetariam o sistema nacional. Igualmente prejudicada pela falta d´água é o setor têxtil, que já verifica queda em sua produção.

A culpa não é de São Pedro, mas da má gestão do governo do Estado. Em 2009, relatório da Fundação de Apoio à USP alertou para a vulnerabilidade do sistema Cantareira, sugerindo me­didas a serem tomadas pela Sabesp, mas os conselhos não foram seguidos. Para esclarecer essa situação e saber se erros foram cometidos pela Sabesp, o Ministério Público de São Paulo instaurou inquérito.

Continuando assim, logo teremos de utilizar o sistema de lata d´água na cabeça…

Comente este artigo. Escreva para formacao@smabc.org.br

Departamento de Formação