Lecar, a marca brasileira em meio aos chineses da Eletrocar

Apesar de nem ter iniciado obras da fábrica capixaba, o empresário Flávio Figueiredo fala com entusiamo do plano de ser global

Ainda sem a necessária licença ambiental para construir a anunciada fábrica de Sooretama, no Espírito Santo, o empresário brasileiro Flávio Figueiredo segue firme no projeto de produzir o híbrido-flex 459 a partir de agosto do ano que vem. Ele admite que será “uma correria total”, mas ainda considera a data anunciada factível, reforçando a tese de que “impossível não existe”, como disse em entrevista na Eletrocar na terça-feira, 24.

E os planos são ousados: “Nascemos para ser uma marca global, já temos contato para abrir concessionária na Itália, Alemanha e Argentina”, garante. Pelo projeto inicial de produzir um carro elétrico no Brasil, Figueiredo chegou a assumir o apelido de “Elon Musk brasileiro”. Tudo começou, segundo ele próprio, quando engenheiros disseram a ele que seu sonho era impossível:

“Comprei um Tesla e entreguei para eles desmontarem”, lembra o empresário, comentando que o projeto depois migrou para um híbrido-flex, assim como a fábrica que seria no ABC paulista acabou migrando para o Espirito Santo. Apesar de algumas mudanças de rumo, Figueiredo demonstra um entusiasmo até contagiante pelos seus planos. Além de participar da 1ª edição do Eletrocar, que acontece em paralelo à Eletroshow no Distrito Anhembi, ele já confirmou presença no Salão Internacional do Automóvel, programado para novembro no mesmo local.

No Brasil, a Lecar já conseguiu homologação do programa Mover, Mobilidade Verde e Inovação, e firmou parceria com as brasileiras Frasle, Suspenys e Nakata, todas do Grupo Randon, e também com a Weg e a Keko Acessórios, entre outras. Para levar adiante a produção do carro elétrico no Brasil, Figueiredo vendeu sua empresa, a Lecard, uma operadora de cartão alimentício que começou no Espírito Santo e posteriormente teve atuação nacional. A fábrica capixaba terá capacidade para 120 mil carros/ano, mas começa com 500 por mês, volume que anualizado fica na faixa de 6 mil.

Do AutoIndústria